O deputado do Chega à Assembleia Municipal de Lisboa, Nuno Pardal, foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores.
De acordo com o Expresso, o deputado do Chega, de 51 anos, praticou “sexo oral mútuo” com um rapaz, de 15 anos, a troco de 20 euros. Na sequência do caso, Nuno Pardal anunciou esta quinta-feira que iria renunciar ao mandato na Assembleia Municipal.
O semanário conta que ambos se conheceram através da ‘dating’ app Grindr, uma aplicação utilizada para encontros entre pessoas LGBTI, tendo posteriormente continuado a falar pelo Whatsapp.
Neste sentido, no dia 11 de julho de 2023, diz a acusação do Ministério Público, citada pelo jornal, ambos se encontraram junto a uma estação de comboios, e seguiram, no carro do deputado, em direção a um pinhal. Até chegarem ao local, o conselheiro nacional do Chega terá perguntado ao rapaz que idade tinha e este respondeu 15, segundo a acusação.
O caso foi denunciado à Polícia Judiciária pelos pais do menor, depois de terem tido acesso às mensagens do WhatsApp no telemóvel do filho, que foram citadas na acusação do procurador Manuel dos Santos, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Cascais.
O MP considera haver dois casos de recurso à prostituição de menores agravado, um consumado e outro na forma tentada, já que Nuno Pardal procurou um secundo encontro com o mesmo jovem, mas este terá recusado.
Já em declarações ao Expresso, o deputado confessou o encontro com o jovem, mas disse desconhecer a idade do jovem.“Irei serenamente preceder à minha defesa, lamentando profundamente a situação desagradável para todas as partes”, afirmou.