O Conselho de Supervisão do Novo Banco determinou, esta terça-feira, a destituição com justa causa de Carlos Brandão do cargo de membro do Conselho de Administração e responsável de Riscos.
A destituição, com efeitos imediatos, ocorre na sequência de Carlos Brandão ter realizado operações financeiras suspeitas, segundo informação ao mercado.
“Esta decisão foi tomada no seguimento da identificação, através de processos internos do Banco, de operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às autoridades”, lê-se na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Novo Banco fez questão de sublinhar que as operações em causa não estão relacionadas nem envolvem a instituição e, por isso, “não têm qualquer impacto nos clientes, em contas ou operações de clientes, na posição financeira ou na atividade do Banco, nas suas operações comerciais, no sistema de gestão de riscos nem nos seus colaboradores”.
Após ter tido conhecimento do caso, o Novo Banco realizou uma investigação interna e apresentou uma denúncia ao Ministério Público, que resultou na abertura de uma investigação que está em curso.
A situação foi também reportada ao regulador da banca e à autoridade de supervisão competente nesta matéria.
“Foram imediatamente adotadas todas as medidas necessárias e adequadas à situação, com vista à proteção do Banco e de todos os seus ‘stakeholders’, tendo o Banco agido em total coordenação e cooperação com as autoridades competentes”, garante a instituição.
