DGO. Excedente orçamental volta a encolher até novembro

DGO. Excedente orçamental volta a encolher até novembro


Valor fixou-se em 2.135,5 milhões de euros. Uma redução de 7.508,1 milhões de euros em termos homólogos.


As Administrações Públicas (AP) registaram, até novembro de 2024, um saldo global positivo de 2.135,5 milhões de euros. Trata-se de uma redução de 7.508,1 milhões de euros em termos homólogos, resultado de um crescimento da despesa (10,4%) superior ao da receita (2,3%). Os dados foram revelados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) e indicam ainda que estes números foram influenciados “pela transferência, em 2023, da totalidade das responsabilidades asseguradas através do Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (FPCGD) para a CGA, no valor de 3.018,3 milhões de euros”, uma operação que não teve impacto no saldo em contas nacionais, assumindo uma natureza financeira.

Em termos de receita, excluindo a operação de transferência do FPCGD, aumentou 5,3%, o que “traduz o desempenho das receitas fiscal (2,6%), contributiva (9,8%) e não fiscal e não contributiva (8%)”, destacando que o crescimento da receita fiscal assentou, sobretudo, no desempenho do IRC, do IVA e do ISP, mas também na redução da receita de IRS, resultado da aplicação das novas tabelas de retenção na fonte. 

Quanto à despesa primária que subiu 10,9% resultou, maioritariamente, dos aumentos nas transferências (12,6%), despesas com pessoal (8,1%) e aquisições de bens e serviços (9,9%). “A evolução da despesa com transferências está particularmente associada aos “encargos com pensões e outros abonos, quer no âmbito do regime geral da Segurança Social, quer no respeitante ao regime de proteção social convergente da Caixa Geral de Aposentações, refletindo a atualização do valor das pensões e o suplemento extraordinário de pensão”, explica a DGO.

São ainda de destacar os “acréscimos verificados na generalidade das restantes prestações sociais a cargo da Segurança Social, bem como as transferências associadas à disrupção dos mercados e à subida dos preços dos produtos energéticos com vista a compensar o impacto geopolítico e da inflação”.