Segundo ano consecutivo de aumento das IVG

Segundo ano consecutivo de aumento das IVG


A interrupção da gravidez por opção da mulher nas primeiras 10 semanas de gravidez se mantém como o principal motivo em todas as idade


O número de interrupções voluntárias da gravidez (IVG) aumentou pelo segundo ano consecutivo. De acordo com o Relatório de Análise dos Registos da Interrupção Voluntária da Gravidez de 2023, publicado esta sexta-feira, durante o ano passado, foram registadas 17.124 interrupções da gravidez, um aumento de 3% face ao ano de 2022.

O documento publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) revela ainda que os números dos últimos dois anos  “alteraram a tendência decrescente que vinha a verificar-se desde 2011”. 

Ainda assim, o aumento verificado no ano passado é “bastante menor” do que o que se registou em 2022, ano em que as interrupções voluntárias da gravidez aumentaram 15,9% em relação ao ano precedente.

O aumento verificado no ano passado, acrescenta o relatório, citado pela agência Lusa, “foi transversal à maioria das regiões do país”, com exceção para a região de Lisboa e Vale do Tejo.

Nos restantes parâmetros de análise, o relatório mostra que a interrupção da gravidez por opção da mulher nas primeiras 10 semanas de gravidez se mantém como o principal motivo em todas as idades, representando 96,7% do total. 

Já 2,8% das interrupções de gravidez deveram-se a doença grave ou malformação congénita do nascituro.

Em relação às idades em que são feitas as interrupções da gravidez, a DGS revela que “o grupo etário que registou maior número absoluto continuou a ser o dos 20-24 anos de idade”. A seguir surgem mulheres com idades entre os 25 e os 29 anos e 8,4% das IVG foram realizadas por mulheres com menos de 20 anos.