O líder do PSD/Madeira defendeu esta quinta-feira a realização de eleições antecipadas na região autónoma “o mais rapidamente possível”. Miguel Albuquerque considerou que o eleitorado vai penalizar os partidos que aprovaram a queda do Governo Regional.
“Nós estamos, neste momento, sem Orçamento [para 2025], temos um governo de gestão, que vai fazer a governação por duodécimos, e é fundamental reinstalar o mais rapidamente possível a confiança no mercado, garantir que através das eleições voltamos a ter um governo estável e com um horizonte de futuro”, declarou.
O também presidente do Governo Regional, falava após uma audiência com o representante da República para a Madeira que hoje recebe os sete partidos com representação na Assembleia Legislativa.
As audiências com Irineu Barreto são consequência da queda do executivo, após a aprovação, na terça-feira, da moção de censura apresentada pelo Chega.
“Nós viemos dizer que o PSD/Madeira quer que se realizem as eleições o mais rapidamente possível, uma vez que essa decisão, que cabe ao senhor Presidente da República, é aquela que está em conformidade com os interesses da região autónoma”, explicou Albuquerque.
De acordo com a agência Lusa, o líder do governo regional sublinhou que a região não pode andar, de forma recorrente, numa “situação de instabilidade”. Por isso, defendeu a marcação de eleições antecipadas “o mais rapidamente possível”, tendo em consideração que Marcelo Rebelo de Sousa têm 55 dias para o efeito após a tomada de decisão.
“Este governo estava a exercer as suas funções tendo por base um princípio fundamental, que é a legitimidade do voto popular”, declarou ainda Albuquerque. “Esta ideia de organizar nas costas do povo soluções de secretaria não é consonante com os princípios da democracia”, acrescentou.
A moção de censura recebeu os votos a favor de toda a oposição – PS, JPP, Chega, IL e PAN, que juntos reúnem 26 eleitos, ultrapassando assim os 24 necessários à maioria absoluta -, enquanto o PSD (19 deputados) e o CDS-PP (dois deputados), partidos que têm um acordo parlamentar, votaram contra.