O presidente sírio prometeu este domingo usar a “força” para erradicar o “terrorismo”, após grupos rebeldes tomarem a cidade de Aleppo. Esta operação já causou mais de 300 mortos.
“O terrorismo só compreende a linguagem da força e é com essa linguagem que o vamos quebrar e eliminar, sejam quem forem os seus apoiantes e patrocinadores”, disse Bashar al Assad.
Segundo a agência noticiosa oficial síria Sana, o líder sírio falava durante uma chamada telefónica com um responsável da Abecásia, uma região separatista pró-russa da Geórgia.
Uma coligação de grupos rebeldes liderados pelos islamitas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), lançou na quarta-feira uma ofensiva relâmpago mortal no norte da Síria e tomou controlo da maior parte de Aleppo, a segunda maior cidade do país, e de várias outras cidades na província de Hama.
Desde quarta-feira, a ofensiva já causou mais de 330 mortos, segundo a organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Esta violência é a primeira desta dimensão desde há vários anos na Síria, onde foi desencadeada uma guerra devastadora em 2011, envolvendo beligerantes apoiados por várias potências regionais e internacionais.
Com o apoio militar crucial dos seus aliados Rússia, Irão e o Hezbollah libanês, o regime de Bashar al Assad lançou uma contraofensiva em 2015 que lhe permitiu recuperar gradualmente o controlo de uma grande parte do país e, em 2016, da cidade de Aleppo.