Fala-se muito de inovação, criatividade, pro-actividade, imaginação, adaptação a novas situações, etc… mas, entretanto, as pessoas ficam, cada vez mais, apegadas àquilo que existe, que sempre existiu, e nem sequer admitem uma mudança ou, tão só, experimentar outra solução, ou seja, comportam-se como conservadores!
Como espírito inovador e lógico, para além de racional, seria um País entregar a sua administração pública a uma empresa de “gestão de condomínios”, enquanto se mantinham, com dimensões mínimas, as estruturas políticas, que poderiam escolher essa empresa de “gestão de condomínios”, para gerir o País com eficácia e gastando o menos possível.
Desta forma, o impacto das ideologias diminuiria e desmistificava-se um pouco o “slogan” de que é difícil gerir um País. Temos para nós que qualquer dona de casa é capaz de gerir o País como gere a sua casa, ou seja, gasta em função daquilo que tem! E na gestão do condomínio dos nossos prédios não é exactamente assim?
Então aqui temos uma proposta prática, racional, eficaz e com a possibilidade de despedir a “administração” se não estivermos satisfeitos. O Governo seria representativo, pequeno, com dez ministros e cinco secretários de Estado, poucos deputados e eleições com a possibilidade de representação da sociedade civil.
Toda a gestão seria da responsabilidade da “empresa de gestão”, a “política” teria de ajustar os seus “programas” de acordo com o “orçamento” que a “administração” concedia a cada departamento governamental.
É que, desta forma, é possível ao Estado contratar profissionais competentes e eficientes, em vez de ser “obrigado” a aceitar aquele batalhão de “assalariados” ou de “avençados”, a maioria sem competência e sem qualidade, para já não falar em seriedade, visto que, comprovadamente, alguns entram pobres para a política e, em poucos anos, ficam ricos. Com a “solução” do “condomínio” isso não seria possível, até porque só tinham um ano, e não tocavam em dinheiro.
… Mas isto é, de facto, inovador, e até revolucionário, mas só com medidas deste tipo poderemos alterar a presente situação que, sem dúvida, está a desmoralizar a sociedade portuguesa com reflexos dramáticos na recuperação que, desta forma, cada vez está mais difícil de acontecer. No fundo, o que se quer dizer é que é possível fazer diferente, e melhor, do que aquilo que se faz no presente.
Só que os “interesses instalados” são de tal ordem, e têm tantas implicações, que ninguém quer “remar contra a maré”, tornando-se, assim, impossível alterar seja o que for, sem que haja uma ruptura, abrupta, da actual conjuntura política.