Aguiar-Branco recebe Conselho Nacional de Juventude

Aguiar-Branco recebe Conselho Nacional de Juventude


“Tratou-se de um encontro importante para a defesa dos direitos e interesses dos jovens, continuando o CNJ a trabalhar em prol de uma juventude mais ativa, participativa e consciente dos desafios que enfrenta”


O Conselho Nacional de Juventude (CNJ) foi recebido em audiência pelo presidente da Assembleia da República para apresentar as conclusões do Encontro Nacional de Juventude (ENJ). “Tratou-se de um encontro importante para a defesa dos direitos e interesses dos jovens, continuando o CNJ a trabalhar em prol de uma juventude mais ativa, participativa e consciente dos desafios que enfrenta, procurando influenciar as políticas públicas e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, refere em comunicado.

Recorde-se que neste encontro estivem em debate questões relacionadas com os principais desafios que afetam a juventude portuguesa, focando-se em seis áreas essenciais: habitação, trabalho, demografia e coesão territorial, educação, saúde e ambiente. “Os jovens tiveram uma oportunidade para debater e propor soluções concretas para os problemas que os afetam, reforçando a sua participação ativa na construção de políticas públicas”, salienta.

A crise habitacional, que afeta especialmente os jovens, foi um dos temas mais prementes discutidos durante  este encontro e que entretanto foi abordado com Aguiar- Branco. “O CNJ apresentou, na audiência, a necessidade urgente de aumentar o parque habitacional público, de modo a garantir o acesso a habitação digna e acessível. Esta medida é vista como fundamental para combater a especulação imobiliária e permitir que os jovens possam construir o seu futuro sem a constante pressão dos elevados preços de arrendamento e aquisição de imóveis”.

Já a questão do trabalho centrou-se na precariedade laboral e nos baixos salários, dois dos principais problemas sentidos pelos jovens atualmente. “No ENJ defendeu-se um aumento do salário mínimo nacional como uma medida essencial para garantir melhores condições de vida para os jovens trabalhadores, mas frisando que a este aumento devem corresponder políticas que promovam o emprego estável e de qualidade, assegurando que os jovens não fiquem presos a ciclos de trabalho precário e mal remunerado”, acrescenta o mesmo comunicado.

A saúde mental dos jovens foi outro dos temas apresentados. “As conclusões do ENJ alertam para o aumento de casos de ansiedade, depressão e outras perturbações mentais entre a juventude, defendendo uma maior aposta em políticas públicas que assegurem o acesso a cuidados de saúde mental de qualidade. Foi igualmente sublinhada a necessidade de desmistificar o tema da saúde mental, promovendo campanhas de sensibilização e a criação de redes de apoio psicológico acessíveis e adequadas às necessidades dos jovens”.

A demografia e coesão territorial, a educação e o ambiente foram outras questões analisadas.