Crianças são as mais vulneráveis a epidemia de varíola mpox

Crianças são as mais vulneráveis a epidemia de varíola mpox


O aparecimento de uma nova variante (clade 1b) levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a acionar o seu nível mais elevado de alerta global em meados de agosto.


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alerta para a particular vulnerabilidade das crianças à infeção de varíola  mpox em África. Uma vulnerabilidade sentida em especial no Burundi, onde quase um terço dos infetados têm menos de cinco anos.

«As crianças do Burundi são as primeiras a ser afetadas pela epidemia, com taxas de infeção alarmantes e efeitos graves para a saúde», diz o conselheiro de Saúde da UNICEF para a África Oriental e Austral. O Burundi é o segundo país mais afetado pela epidemia, depois da República Democrática do Congo (RDCongo).

A epidemia em África «não está sob controlo», sublinha por sua vez a agência de saúde da União Africana (Africa CDC). A variante da varíola mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que se transmite dos animais para os seres humanos, mas também pode ser transmitida entre seres humanos através de contacto físico prolongado, causando febre, dores musculares e lesões cutâneas. Pode ser fatal.

Alerta global

O ressurgimento da varíola no continente e o aparecimento de uma nova variante (clade 1b) levaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) a acionar o seu nível mais elevado de alerta global em meados de agosto. De acordo com a OMS, entre janeiro e 8 de setembro, foram notificados 25.093 casos suspeitos de varíola e 723 mortes em todo o continente. Só a RDCongo, epicentro da epidemia, regista 21.835 casos e 717 mortes ligadas à mpox, enquanto o vizinho Burundi regista 1.489 casos presumíveis e nenhuma morte.