A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta quarta-feira, que desmantelou, em Santa Maria da Feira, um laboratório droga e que deteve três suspeitos de estarem associados à sua ativiadde.
Em comunicado, a entidade policial informa que conseguiu obter “a localização de um armazém isolado, em Santa Maria da Feira, no qual funcionava um ‘laboratório’, de dimensões consideráveis, destinado à transformação de pasta de coca em cloridrato de cocaína”.
No âmbito das diligências, foram detidos “três suspeitos de crimes de tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa, branqueamento de capitais e falsificação de documentos”, sendo que dois destes eram estrangeiros e um era português,
“O início da investigação” procede a PJ, “centrou-se na atividade ilícita desenvolvida por um cidadão estrangeiro” que, alegadamente, vendia droga “utilizando identidade falsa, com a qual titulava uma sociedade comercial”.
O homem “foi utilizando esquemas aparentemente legais para fazer uso de meios e arrendamento de espaços onde, de forma dissimulada e aparentemente legal, pudesse desenvolver a atividade de aquisição internacional e transformação em produto estupefaciente”.
Durante a investigação, de acordo com a Judiciária, foram alvos de buscas residências e armazéns, “constatando-se a presença de abundante material, centenas de litros de químicos, benzinas, ácidos e outros, bem como toda uma estrutura e parafernália apta a produzir, em processo contínuo diário, de entre cinco a 10 quilogramas de cocaína”.
“A operação permitiu, ainda, a apreensão de pasta de coca e cocaína, em quantidade que se estima em cerca de 15 quilogramas, suficientes para 75 mil doses individuais, bem como dezenas de quilogramas de precursores e substâncias de preparação”, acrescenta a PJ.
Esta operação, denominada de Cristal Lab, foi levada a cabo pelo Departamento de Investigação Criminal de Braga, com a colaboração da Diretoria do Norte, contando com a presença de peritos da delegação do Laboratório de Polícia Científica e a colaboração da GNR.
Os detidos serão presentes às autoridades judiciárias para interrogatório e aplicação de medidas de coação.