Os cães da nossa vida. Da literatura ao ecrã passando pela vida real

Os cães da nossa vida. Da literatura ao ecrã passando pela vida real


Da literatura ao ecrã passando pela vida real.


Os cães fazem parte da nossa vida deste sempre, mesmo que, ao vivo, não se seja assim tão fã destes animais. Entram em histórias, participam em filmes. Estamos habituados a vê-los, a lê-los, a imaginá-los na nossa cabeça mesmo sem muitas vezes os termos visto. São heróis, animações, falam – em muitos casos – e são, sempre, os melhores amigos dos personagens humanas que os acompanham. Não esquecendo também os reais, aqueles que fizeram realmente parte da História do mundo em vários contextos e situações.

É impossível, por exemplo, falar de Tintim sem falar do seu fiel amigo de quatro patas, Milu. O cão, de raça fox terrier, é inseparável companheiro de jornalista mais famoso da BD, e é muito conhecido pelas suas trapalhadas cometidas principalmente por pura curiosidade ou por gula. Mas é um verdadeiro herói, salva o seu dono dos seus problemas e muitas vezes fala com o público ou com o leitor através dos seus pensamentos.

E por falar em Milu, também o Caracol e o Faial são duas personagens importantes nos livros – depois série – Uma Aventura. No total, são 67 livros que seguem as diversas aventuras de cinco jovens: as gémeas Teresa e Luísa, Pedro, Chico e João. O cão das gémeas (Caracol) e o de João (Faial) por vezes também entram. E têm sempre papéis relevantes porque também ajudam a descobrir mistérios.

Na mesma lógica estão os livros Os Cinco. Na saga de Enid Blyton também existe um cão, o Tim, que ajuda a desvendar os mistérios e que tem uma ‘carinho’ especial por coelhos.

Por falar em descobrir mistérios, peritos nisso eram o Rex – na versão original – ou o Max – na versão portuguesa – e que ainda hoje passa no pequeno ecrã. Tanto o Rex como o Max são cães polícia sem os quais seria impossível descobrir os mais variados crimes. E a versão portuguesa poderá mesmo ser considerada intemporal tendo em conta que a série está no ar há 20 anos. Mas sem episódios novos, apenas repetidos.

De ir às lágrimas – de alegria e tristeza – está o livro, depois adaptado a filme, Marley & Eu. Dois jornalistas mudam-se e decidem adotar um cão. E a obra retrata toda a vida desse cão enquanto membro da família. O final não revelamos, caso ainda não tenha visto o filme ou lido o livro (o que até consideramos quase impossível).

Falamos ainda de Snoopy ou de Scooby Doo.

O primeiro, criado no início dos anos 50, pertence a Charlie Brown, também muito conhecido do público. Snoopy é amante de livros, escritor e adora fantasiar no telhado da sua casota vermelha. E o seu mundo é marcado não só pelo humor mas por filosofias da vida real.

Já Scooby Doo, que já teve várias adaptações, tem parecenças com o Max e com o Rex. Com o grupo de amigos, Scooby Doo ajuda a desvendar mistérios. É o segundo desenho americano com o maior número de temporadas de todos os tempos, perdendo apenas para Os Simpsons.

Saltamos para a vida real. Laika fez história em 1957 quando se tornou o primeiro ser vivo a orbitar a Terra. Foi enviada para o espaço pela União Soviética a bordo do Sputnik 2. A viagem foi só de ida mas abriu o caminho para a exploração espacial e o seu sacrifício tem sido recordado como um marco na história.

Balto também fez história. Era um cão de trenó Husky siberiano que liderou a última etapa de um trecho perigoso na Corrida de Whey para Nome em 1925. Atravessou o Alasca com condições climatéricas extremas e conseguiu  entregar um soro anti-toxina para combater uma epidemia de difteria na cidade de Nome. É conhecido como um herói.

Podíamos juntar tantos outros mas finalizamos com Hachiko, um cão da raça Akita, que se destacou no mundo inteiro pela sua lealdade. Depois da morte do seu dono, Hachiko esperou todos os dias na estação de comboios durante quase 10 anos, aguardando o seu regresso. Hoje tem uma estátua em sua honra na estação de Shibuya, em Tóquio.