Globalização, Xenofobia e Racismo


Esta situação é insustentável e pode anular as boas intenções dos constructores da “União Europeia”, já que só através da violência da guerra será possível voltar a redistribuir os recursos existentes de forma mais equitativa.


A história da Humanidade está cheia de conflitos, guerras, perseguições e genocídios, no passado, que atingiram, na Europa, o seu “clímax” com as duas Guerras Mundiais de 1914/18 e de 1939/45, em que a Alemanha destruiu a Europa e causou 60 milhões de mortos, tudo em nome da superioridade da raça ariana, tendo levado, através da eugenia, a experiências tendentes, com cruzamentos de genes, à criação de uma raça pura e perfeita, o que levou à morte de milhões de judeus, na chamada “solução final”, o Holocausto, e ainda de ciganos e outros.

Homens notáveis, como Jean Monet, o “primeiro Europeu”, como ficou conhecido, e outros políticos, trabalharam no sentido de criar uma “Europa Unida”, sem guerras, em que os países e as pessoas passavam a ter o direito à Paz, ao Crescimento e Desenvolvimento, à Educação, à Saúde e, sobre tudo, à “Felicidade Bruta”, como disse Tinbergen, em oposição ao “P.N.B” (Producto Nacional Bruto), ou seja, primeiro as pessoas, depois o Estado, que devia estão ao serviço dos cidadãos, e não o contrário. Daqui nasce a ideia do Humanismo com uma política do “desenvolvimento humano” com direito ao acesso à Literacia, ao Trabalho, à Saúde, e a um Rendimento Mínimo que permite um nível de vida compatível com a dignidade da pessoa humana.

Compatibilizar tudo isto com a evolução sofrida na Europa dos últimos séculos, desde os Conservadores, Liberais e Radicais, não foi fácil, nem é, já que há tentações enormes, de seguidores do Capitalismo Selvagem, e das ideias liberais, que levaram, e levam, a grandes desigualdades sociais, que chegaram, no século XXI, à actual situação, aberrante, de 96% da população mundial ter apenas 4% do total do rendimento mundial.

Esta situação é insustentável e pode anular as boas intenções dos constructores da “União Europeia”, já que só através da violência da guerra será possível voltar a redistribuir os recursos existentes de forma mais equitativa. Ou seja, o antídoto contra o Holocausto é o “desenvolvimento humano”, o aperfeiçoamento do ser humano, através da solidariedade social, da repartição justo dos rendimentos com uma tributação progressiva, e com um Estado Social que permita, ao mesmo tempo, uma vida digna, longa, com coesão social, e com a protecção da família, a célula mais importante da Sociedade e, como já foi dito, com felicidade, através da realização pessoal e profissional.

Só que enquanto na Europa, e no Mundo, começam a descobrir que a Globalização pode ser um bom “negócio” para as trocas comerciais e evitar a guerra entre países, eis que surge a xenofobia, ou seja, a antipatia por pessoas ou ideias e coisas estrangeiras, ao mesmo tempo que aparecem fenómenos de racismo, em que certos países tomam para si a ideia de pertencerem a uma raça superior, demonstrando um etnocentrismo exacerbado, que põe em causa a estabilidade e as relações entre países do norte e do sul, todas Caucasóides, mas uns nórdicos, outros alpinos, outros dinários e, ainda, mediterrâneos, estes últimos acusados, pelos do norte, de serem sub-desenvolvidos e, possivelmente, pertencentes ao 3º Mundo, expressão criada por George Balandier.

Para agravar tudo isto temos um novo “equilíbrio” mundial à vista, difícil, com a ascensão da Índia e da China a potências mundiais, com a Rússia a tentar recuperar o seu lugar na cena mundial e os “EUA” a voltar à política isolacionista de Monroe, deixando de garantir a segurança dos países da Europa, que terão de passar a contar só com os seus recursos próprios, aplicando 2% a 3% dos seus “PIB” (orçamentos) na Defesa, para além do “Brexit”, que coloca Portugal numa situação difícil, apesar de ter uma aliança com a “G.B” há mais de 600 anos.

Sociólogo

Globalização, Xenofobia e Racismo


Esta situação é insustentável e pode anular as boas intenções dos constructores da “União Europeia”, já que só através da violência da guerra será possível voltar a redistribuir os recursos existentes de forma mais equitativa.


A história da Humanidade está cheia de conflitos, guerras, perseguições e genocídios, no passado, que atingiram, na Europa, o seu “clímax” com as duas Guerras Mundiais de 1914/18 e de 1939/45, em que a Alemanha destruiu a Europa e causou 60 milhões de mortos, tudo em nome da superioridade da raça ariana, tendo levado, através da eugenia, a experiências tendentes, com cruzamentos de genes, à criação de uma raça pura e perfeita, o que levou à morte de milhões de judeus, na chamada “solução final”, o Holocausto, e ainda de ciganos e outros.

Homens notáveis, como Jean Monet, o “primeiro Europeu”, como ficou conhecido, e outros políticos, trabalharam no sentido de criar uma “Europa Unida”, sem guerras, em que os países e as pessoas passavam a ter o direito à Paz, ao Crescimento e Desenvolvimento, à Educação, à Saúde e, sobre tudo, à “Felicidade Bruta”, como disse Tinbergen, em oposição ao “P.N.B” (Producto Nacional Bruto), ou seja, primeiro as pessoas, depois o Estado, que devia estão ao serviço dos cidadãos, e não o contrário. Daqui nasce a ideia do Humanismo com uma política do “desenvolvimento humano” com direito ao acesso à Literacia, ao Trabalho, à Saúde, e a um Rendimento Mínimo que permite um nível de vida compatível com a dignidade da pessoa humana.

Compatibilizar tudo isto com a evolução sofrida na Europa dos últimos séculos, desde os Conservadores, Liberais e Radicais, não foi fácil, nem é, já que há tentações enormes, de seguidores do Capitalismo Selvagem, e das ideias liberais, que levaram, e levam, a grandes desigualdades sociais, que chegaram, no século XXI, à actual situação, aberrante, de 96% da população mundial ter apenas 4% do total do rendimento mundial.

Esta situação é insustentável e pode anular as boas intenções dos constructores da “União Europeia”, já que só através da violência da guerra será possível voltar a redistribuir os recursos existentes de forma mais equitativa. Ou seja, o antídoto contra o Holocausto é o “desenvolvimento humano”, o aperfeiçoamento do ser humano, através da solidariedade social, da repartição justo dos rendimentos com uma tributação progressiva, e com um Estado Social que permita, ao mesmo tempo, uma vida digna, longa, com coesão social, e com a protecção da família, a célula mais importante da Sociedade e, como já foi dito, com felicidade, através da realização pessoal e profissional.

Só que enquanto na Europa, e no Mundo, começam a descobrir que a Globalização pode ser um bom “negócio” para as trocas comerciais e evitar a guerra entre países, eis que surge a xenofobia, ou seja, a antipatia por pessoas ou ideias e coisas estrangeiras, ao mesmo tempo que aparecem fenómenos de racismo, em que certos países tomam para si a ideia de pertencerem a uma raça superior, demonstrando um etnocentrismo exacerbado, que põe em causa a estabilidade e as relações entre países do norte e do sul, todas Caucasóides, mas uns nórdicos, outros alpinos, outros dinários e, ainda, mediterrâneos, estes últimos acusados, pelos do norte, de serem sub-desenvolvidos e, possivelmente, pertencentes ao 3º Mundo, expressão criada por George Balandier.

Para agravar tudo isto temos um novo “equilíbrio” mundial à vista, difícil, com a ascensão da Índia e da China a potências mundiais, com a Rússia a tentar recuperar o seu lugar na cena mundial e os “EUA” a voltar à política isolacionista de Monroe, deixando de garantir a segurança dos países da Europa, que terão de passar a contar só com os seus recursos próprios, aplicando 2% a 3% dos seus “PIB” (orçamentos) na Defesa, para além do “Brexit”, que coloca Portugal numa situação difícil, apesar de ter uma aliança com a “G.B” há mais de 600 anos.

Sociólogo