PR defende que “luta pela democracia e dignidade humana vai ter de ser ganha”

PR defende que “luta pela democracia e dignidade humana vai ter de ser ganha”


“Não desperdicemos essa oportunidade. Mais do que um apelo deste tempo, é uma missão de vida”, acrescentou.


O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou, esta terça-feira, à luta pela democracia e pela dignidade humana, dizendo que terá que ser ganha perante ataques a estes valores, por todo o mundo, nomeadamente no continente europeu.

O chefe de Estado Português discursava numa cerimónia,  em que entregou o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa 2023, à ativista marroquina de direitos humanos, Amina Bouayach, e à rede de universidades Global Campus of Human Rights, na Sala do Senado da Assembleia da República.

O chefe de Estado entende que distinguir o trabalho dos dois premiados “é reconhecer que continua a haver espaço para a defesa dos valores do Conselho da Europa”.

“É reconhecer que, apesar dos ataques a estes valores um pouco por todo o universo, incluindo no nosso continente, a luta pela democracia e pela dignidade humana não está perdida e vai ter de ser ganha”, acrescentou.

Para o Presidente da República, “todos podemos contribuir para o projeto de um mundo melhor (…) Não desperdicemos essa oportunidade. Mais do que um apelo deste tempo, é uma missão de vida”, acrescentou.

O chefe de Estado português mencionou ainda  o pós-25 de abril, quando a consolidação da democracia portuguesa contou com “o apoio inestimável do Conselho da Europa – a que, não por acaso, Portugal aderiu pela mão de Mário Soares logo no final de 1976”.

“Ainda durante a revolução e os trabalhos da Assembleia Constituinte, uma delegação da mesma Constituinte visitara a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa – delegação de que tive a honra de ser o mais jovem deputado”, relembrou.

Marcelo Rebelo de Sousa explicou que, desde então, “o Conselho da Europa, que assinala 75 anos de vida, soube adaptar-se e evoluir para responder aos contínuos desafios, na Europa e fora dela”, e que “hoje com uma guerra de agressão em pleno continente europeu e uma situação complexa e dramática no Médio Oriente, o seu papel é ainda mais importante”.