O Tribunal de Braga condenou esta segunda-feira a 22 anos de prisão um homem que matou, por asfixia, a mãe, de 89 anos. O crime foi cometido em Carvalhas, Barcelos, em 25 de junho de 2022.
O arguido esteve preso durante seis anos e meio, por um crime de violação e um crime de dano. Foi colocado em liberdade condicional em 07 de março de 2021, tendo passado a residir na casa da mãe.
Segundo a acusação, dada como provada, no dia do homicídio, e depois de ter andado a consumir bebidas alcoólicas, o arguido teve nova discussão com a mãe e agrediu-a, provocando-lhe várias escoriações, equimoses, lacerações e fraturas.
No decurso destas agressões, “e para impedir que a sua mãe gritasse ou pedisse ajuda, como já tinha feito em episódios anteriores”, o arguido tapou-lhe o nariz e a boca, “até conseguir tirar-lhe a vida”.
De seguida, ligou para uma irmã, emigrada em França, a contar que tinha matado a mãe. Foi também a um café da freguesia para dar conta do homicídio.
“O arguido agiu com o propósito concretizado de tirar a vida à sua mãe, tapando-lhe a boca e o nariz durante vários minutos ao ponto de esta não conseguir respirar, uma vez que sabia que ao atuar desse modo a mesma acabaria por morrer por asfixia”, refere a acusação, citada pelo Sapo 24.
Em tribunal, o homem, 51 anos, negou a prática do crime, alegando que encontrou a mãe morta ao lado da cama. Mas o coletivo de juízes não acolheu a sua versão e condenou-o por um crime de homicídio qualificado.
O tribunal declarou ainda a indignidade sucessória do arguido, impossibilitando-o assim de herdar os bens deixados pela mãe.