Correu tudo mal a Pinto da Costa


Até os árbitros de repente parecem ter perdido o respeito pelo FC Porto.


Já lhe chamaram – e com bastante acerto – o 25 de Abril do FC Porto. Na realidade, Jorge Nuno Pinto da Costa esteve mais tempo no poder do que Salazar, o que de si quer dizer alguma coisa. E, como o ditador, também deixa atrás de si obra feita. Com ele, o FC Porto ganhou, salvo erro, dois títulos de campeão europeu, uma Taça UEFA e uma Liga Europa, 23 campeonatos nacionais e 14 taças de Portugal, entre outros troféus. Acho que basta dizer que era o dirigente com mais títulos a nível mundial.

A esse respeito, o próprio comentou: “Não fui eu que ganhei esses títulos, fomos todos. Foi o clube, através dos jogadores e dos treinadores”. Nem todos mostrariam a mesma modéstia.

Mas o facto é que este ano tudo lhe correu mal. Foram as lamentáveis agressões a apoiantes de Villas-Boas na assembleia geral de 13 de novembro do ano passado. Foi a detenção de Fernando Madureira, seu apoiante indefetível, a quem Pinto da Costa enviou uma mensagem de conforto na prisão (algo que não fez aos sócios agredidos na AG). E foram, claro, os resultados desastrosos da equipa de futebol, algumas vezes por culpa própria, outras vezes por manifesta falta de sorte. Até os árbitros de repente parecem ter perdido o respeito pelo FC Porto.

Tudo isto – somado à provecta idade do ex-presidente, que, se tivesse sido eleito, no final do 16.º mandato teria mais coisa menos coisa 90 anos – criou o caldo necessário para a mudança. E que mudança: a derrota contra Villas-Boas (mais de 80% contra menos de 20% dos votos), foi quase tão esmagadora como a do Benfica no Dragão (5-0).

Com a queda de Pinto da Costa, no passado sábado, assistimos ao fim de uma era. Para já, não parece haver margem para aquelas lutas de poder que acontecem normalmente após a saída de um líder forte. Villas-Boas parece ser o homem certo para assegurar uma transição pacífica. E um pouco de paz é algo muito bem-vindo quer no FC Porto, quer no futebol português.


Correu tudo mal a Pinto da Costa


Até os árbitros de repente parecem ter perdido o respeito pelo FC Porto.


Já lhe chamaram – e com bastante acerto – o 25 de Abril do FC Porto. Na realidade, Jorge Nuno Pinto da Costa esteve mais tempo no poder do que Salazar, o que de si quer dizer alguma coisa. E, como o ditador, também deixa atrás de si obra feita. Com ele, o FC Porto ganhou, salvo erro, dois títulos de campeão europeu, uma Taça UEFA e uma Liga Europa, 23 campeonatos nacionais e 14 taças de Portugal, entre outros troféus. Acho que basta dizer que era o dirigente com mais títulos a nível mundial.

A esse respeito, o próprio comentou: “Não fui eu que ganhei esses títulos, fomos todos. Foi o clube, através dos jogadores e dos treinadores”. Nem todos mostrariam a mesma modéstia.

Mas o facto é que este ano tudo lhe correu mal. Foram as lamentáveis agressões a apoiantes de Villas-Boas na assembleia geral de 13 de novembro do ano passado. Foi a detenção de Fernando Madureira, seu apoiante indefetível, a quem Pinto da Costa enviou uma mensagem de conforto na prisão (algo que não fez aos sócios agredidos na AG). E foram, claro, os resultados desastrosos da equipa de futebol, algumas vezes por culpa própria, outras vezes por manifesta falta de sorte. Até os árbitros de repente parecem ter perdido o respeito pelo FC Porto.

Tudo isto – somado à provecta idade do ex-presidente, que, se tivesse sido eleito, no final do 16.º mandato teria mais coisa menos coisa 90 anos – criou o caldo necessário para a mudança. E que mudança: a derrota contra Villas-Boas (mais de 80% contra menos de 20% dos votos), foi quase tão esmagadora como a do Benfica no Dragão (5-0).

Com a queda de Pinto da Costa, no passado sábado, assistimos ao fim de uma era. Para já, não parece haver margem para aquelas lutas de poder que acontecem normalmente após a saída de um líder forte. Villas-Boas parece ser o homem certo para assegurar uma transição pacífica. E um pouco de paz é algo muito bem-vindo quer no FC Porto, quer no futebol português.