Dança das Cadeiras


Ao longo dos últimos 50 anos a democracia em Portugal foi sofrendo várias evoluções que tiveram sempre por objetivo contribuir para uma maior transparência e responsabilidade no exercício dos cargos eleitos. A desconfiança crescente promove o aparecimento dos fenómenos radicais de soluções radicais e aparentemente milagrosas.


O sistema político sai reforçado cada vez que a abstenção diminui. Essa diminuição reforça a legitimidade dos eleitos assente na aderência do cidadão eleitor a um modelo onde, pelo voto, fica demonstrado o endosso de confiança, esperança e responsabilidade nos eleitos. Os eleitos representam os eleitores com base num contrato de confiança alicerçado, desde logo, na assunção dessa responsabilidade.

Os candidatos são candidatos de livre vontade e, regra geral, gastam muitos recursos, financeiros, comunicacionais e emocionais, para, em democracia, convencerem os eleitores das suas capacidades para implementarem e cumprirem o prometido. A ética democrática acarreta o compromisso dos eleitos em honrar, perante os eleitores, os seus compromissos. Que privilégio deve ser o ser eleito! Ser merecedor da confiança e da esperança dos compatriotas na gestão da causa publica, dos investimentos públicos, do lugar comum!!! 

Confesso que enquanto cidadão, reconheço que não deve haver recompensa maior que o reconhecimento e a confiança do eleitor, do cidadão. Assim sendo e por natural definição é esperado que os candidatos eleitos cumpram os mandatos até ao fim. É o mínimo exigível em democracia e ética de respeito pelo endosso realizado. 

Ao longo dos últimos 50 anos a democracia em Portugal foi sofrendo várias evoluções que tiveram sempre por objetivo contribuir para uma maior transparência e responsabilidade no exercício dos cargos eleitos. A desconfiança crescente promove o aparecimento dos fenómenos radicais de soluções radicais e aparentemente milagrosas. 

Nesse contexto de respeito pelos eleitores, faz muito anos, que defendo a impossibilidade de qualquer eleito se poder candidatar a outras eleições, com exceção da candidatura à Presidência da República, antes do final do mandato para que foi eleito.

Esta reflexão torna-se pertinente, numa fase critica da política portuguesa, e onde parece haver uma enorme displicência no modo como a responsabilidade do cargo eleito é assumida perante o eleitor. É por “essas e por outras” que os eleitores se sentem frequentemente defraudados na relação que estabelecem com as promessas dos eleitos.

A aproximação à apresentação das listas de candidatos ao Parlamento Europeu, vem demonstrar que os novos políticos têm relutância em trazer novas práticas, mais transparentes, mais éticas e, em última e mais importante instância, mais respeitadoras do contrato ético que eleitos assumem perante os leitores.

Ser eleito deve ser visto como um dos maiores privilégios de confiança. Contudo deve ser visto como um grau de responsabilidade acrescida, profundamente incompatível com a atitude da dança das cadeiras, ou melhor dito, da dança dos candidatos a tudo o que é eleição. A qualidade da democracia sai prejudicada.

Dança das Cadeiras


Ao longo dos últimos 50 anos a democracia em Portugal foi sofrendo várias evoluções que tiveram sempre por objetivo contribuir para uma maior transparência e responsabilidade no exercício dos cargos eleitos. A desconfiança crescente promove o aparecimento dos fenómenos radicais de soluções radicais e aparentemente milagrosas.


O sistema político sai reforçado cada vez que a abstenção diminui. Essa diminuição reforça a legitimidade dos eleitos assente na aderência do cidadão eleitor a um modelo onde, pelo voto, fica demonstrado o endosso de confiança, esperança e responsabilidade nos eleitos. Os eleitos representam os eleitores com base num contrato de confiança alicerçado, desde logo, na assunção dessa responsabilidade.

Os candidatos são candidatos de livre vontade e, regra geral, gastam muitos recursos, financeiros, comunicacionais e emocionais, para, em democracia, convencerem os eleitores das suas capacidades para implementarem e cumprirem o prometido. A ética democrática acarreta o compromisso dos eleitos em honrar, perante os eleitores, os seus compromissos. Que privilégio deve ser o ser eleito! Ser merecedor da confiança e da esperança dos compatriotas na gestão da causa publica, dos investimentos públicos, do lugar comum!!! 

Confesso que enquanto cidadão, reconheço que não deve haver recompensa maior que o reconhecimento e a confiança do eleitor, do cidadão. Assim sendo e por natural definição é esperado que os candidatos eleitos cumpram os mandatos até ao fim. É o mínimo exigível em democracia e ética de respeito pelo endosso realizado. 

Ao longo dos últimos 50 anos a democracia em Portugal foi sofrendo várias evoluções que tiveram sempre por objetivo contribuir para uma maior transparência e responsabilidade no exercício dos cargos eleitos. A desconfiança crescente promove o aparecimento dos fenómenos radicais de soluções radicais e aparentemente milagrosas. 

Nesse contexto de respeito pelos eleitores, faz muito anos, que defendo a impossibilidade de qualquer eleito se poder candidatar a outras eleições, com exceção da candidatura à Presidência da República, antes do final do mandato para que foi eleito.

Esta reflexão torna-se pertinente, numa fase critica da política portuguesa, e onde parece haver uma enorme displicência no modo como a responsabilidade do cargo eleito é assumida perante o eleitor. É por “essas e por outras” que os eleitores se sentem frequentemente defraudados na relação que estabelecem com as promessas dos eleitos.

A aproximação à apresentação das listas de candidatos ao Parlamento Europeu, vem demonstrar que os novos políticos têm relutância em trazer novas práticas, mais transparentes, mais éticas e, em última e mais importante instância, mais respeitadoras do contrato ético que eleitos assumem perante os leitores.

Ser eleito deve ser visto como um dos maiores privilégios de confiança. Contudo deve ser visto como um grau de responsabilidade acrescida, profundamente incompatível com a atitude da dança das cadeiras, ou melhor dito, da dança dos candidatos a tudo o que é eleição. A qualidade da democracia sai prejudicada.