Como é habitual, o candidato presidencial aos EUA, Donald Trump, proferiu frases polémicas e não ficou sem resposta. Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, disse que pretendia enviar “a mais clara das mensagens, independentemente de quem estiver no poder”, afirmando: “Somos suficientemente fortes para nos defendermos uns aos outros e que temos de reconhecer o perigo de qualquer declaração deste tipo”.
Em causa estão as declarações de Trump que diz ter avisado os aliados da NATO que encorajaria a Rússia a fazer o que entendesse com países com dívidas à Aliança Atlântica. Trump disse mesmo que “encorajaria” a Rússia a atacar qualquer país da NATO que não contribuísse com 2% do seu PIB para os cofres da aliança.
“Penso que o que disse o candidato presidencial dos Estados Unidos talvez seja algo que desperte alguns dos aliados que não têm feito muito. Espero que todos nós façamos mais para sermos coletivamente mais fortes, juntos”, disse Metsola numa conferência de imprensa na capital da Estónia.
Mas não foi a única a comentar este assunto. Kaja Kallas, primeira-ministra da Estónia, disse que os comentários de Trump deveriam ser um alerta para que os aliados gastem mais em defesa.
E a presidente do Parlamento Europeu garantiu ter falado com a primeira-ministra da Estónia sobre “a melhoria da segurança europeia, os investimentos necessários na indústria de defesa e a procura de formas de utilizar os ativos russos congelados para a Ucrânia”.
“Continuaremos a condenar a agressão russa e a impor sanções duras para impedir o financiamento da máquina de guerra russa. As sanções devem ser aplicadas na íntegra e todas as lacunas devem ser colmatadas”, disse, acrescentando ainda: “Continuaremos também a responsabilizar os culpados de crimes de guerra e a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a Ucrânia no processo de integração europeia”.
Recorde-se que os líderes europeus Os criticaram a sugestão de Donald Trump. Por exemplo, Josep Borrell, responsável pela política externa e de defesa da União Europeia, reagiu: “Sejamos sérios. A NATO não pode ser uma aliança militar ‘à la carte’. E acrescentou: “Não vou gastar o meu tempo a comentar qualquer ideia disparatada que surja durante esta campanha nos EUA”-