Luís Montenegro tem o seu calcanhar de Aquiles na sua relação com o Chega, actualmente, a terceira força parlamentar e nas sondagens está a morder-lhe os calcanhares e, os seus os votos podem ser necessários para governar.
Antes das eleições legislativas a 10 de Março, vai haver as eleições regionais dos Açores a 4 de Fevereiro. Serão uma espécie de balão de ensaio do que se pode passar no continente.
Um dos problemas da política são as constantes contradições. O PSD não quer nada com o Chega a nível nacional, mas foi graças aos votos do Chega que o PSD dos Açores chegou ao Governo.
Se falarmos de radicalismo – o Chega tem a fama de ser radical. Muito bem, mas, nesse caso são todos radicais e populistas, de esquerda e de direita. Todos eles levantam problemas à esquerda e à direita.
O PCP e o Bloco não se identificam com a NATO e por vezes nem com a UE. O PCP é um partido que tem até dificuldade em condenar a invasão da Ucrânia.
O PSD vive desorientado, desde que perdeu o Governo em 2015, ficou um tanto nocauteado. Nas eleições autárquicas tiveram uma pequena vitória ao ficarem com a câmara de Lisboa, mas nas eleições legislativas foram ao tapete. O PS teve uma maioria absoluta graças a António Costa.
Luís Montenegro, em tempos idos, foi nadador-salvador na praia de Espinho, mas face às sondagens, os portugueses não o vêem como o salva-vidas de que o país necessita.
As coisas podem mudar para o seu lado, a democracia precisa de ser refrescada de tempos a tempos. A Convenção da AD correu-lhe de feição, mas quem fez levantar a assistência: Paulo Portas, Leonor Beleza, Pedro Santana Lopes não estarão num futuro governo.
O PS tem muitas fraquezas e fragilidades que podem e devem ser aproveitadas. Pedro Nuno Santos quer ser a nova fénix do PS, mas José Sócrates volta a assombrar o PS.
Luís Montenegro alega que este PS é mais do mesmo, o problema é que PSD antigamente só tinha que olhar para o seu lado esquerdo (PS) e agora tem que olhar para o seu lado direito (Chega). Não lhe chegava tudo isto, na Madeira o PSD está em tumultos. Tudo lhe acontece! Luís Montenegro é um resistente, mas ninguém aguenta tanta coisa junta.
André Ventura que é um predador, contra o sistema , mas aspira a ser importante e decisivo.
Por vezes, falha o seu alvo, mas atacar a economia paralela é um tiro certeiro, não tivesse sido ele inspector nas finanças.
Estudo da FEP conclui que o peso da economia não registada em 2022 corresponde a mais de 82 mil milhões de euros, o equivalente a seis orçamentos da saúde em Portugal.
O Chega tem marcado a agenda e toda a gente fala e critica as suas propostas. Uma coisa é certa, precisamos de uma profunda reforma fiscal com a redução de impostos, assim como, reduzir os subsídios e os encargos públicos.
Isso não é ser de direita ou de esquerda, mas pelo que deve ser feito.
O menino André traquinas, enquanto o PS e o PSD andam a jogar aos policias e ladrões, sorrateiramente foi afirmando o seu partido.
Fundador do Clube dos Pensadores