Chega. Maló de Abreu desiste de integrar listas

Chega. Maló de Abreu desiste de integrar listas


O presidente do Chega indicou ter transmitido que “já não havia condições” para Maló de Abreu continuar nas listas de candidatos e que “ele aceitou”


Maló de Abreu anunciou que desistiu de integrar as listas do Chega às legislativas de 10 de março, na sequência da polémica com a sua residência em Luanda. “Comuniquei a quem de direito que não integrarei as listas do Chega, nem serei candidato a deputado”, afirmou Maló de Abreu numa declaração escrita enviada à agência Lusa.

Maló de Abreu assegura que a sua vida profissional “passou e passará por Luanda” e que o seu “círculo afetivo, pessoal, familiar e social estão em Angola”, rejeitando ter recebido quaisquer subsídios abusivamente. 

Também à agência Lusa, o presidente do Chega indicou ter transmitido a António Maló de Abreu que “já não havia condições” para continuar nas listas de candidatos e que “ele aceitou”. Questionado sobre a posição de Maló de Abreu que se tratou de uma decisão pessoal, André Ventura respondeu: “Houve consenso, ele já sabia da minha decisão”.

Na nota enviada à Lusa, Maló de Abreu indica também que “tudo fizeram e fazem” – porém sem identificar a quem se refere – para que “deixe de ser uma solução, de mudança e de esperança, através do Chega, para os portugueses que vivem no mundo”.

Maló de Abreu adianta que não passou a receber mais do que recebia quando alterou a morada para Angola no início da legislatura e diz ter direito a deslocações às comunidades portuguesas dos países do círculo pelo qual foi eleito, apontando que em 2022 não chegou “sequer a esgotar a verba legalmente atribuída para o efeito”.

Maló de Abreu agradeceu ao líder do Chega o convite para integrar as listas e aponta que André Ventura e os dirigentes do partido tiveram consigo “uma atitude de grande consideração e respeito”.

A decisão surge na sequência da polémica criada após uma notícia onde Maló de Abreu é suspeito de ter alterado a sua residência de Coimbra para Angola, recebendo assim 75 mil euros em subsídios e ajudas de custo. A Sábado noticiou que, apesar de ter residência em Luanda, Maló de Abreu viveu “maioritariamente entre Lisboa e Coimbra” ao longo desta legislatura.