O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta quarta-feira, que em Portugal existe “um clima de estabilidade emocional e institucional” e assegurou que “a democracia é mais forte do que as vicissitudes” sublinhou, que “ditadura nunca mais”.
O chefe de Estado discursava, no Palácio de Belém, na sessão de apresentação dos cumprimentos de boas festas, por parte da Assembleia da República, onde estiveram presentes todos os partidos com assento parlamentar.
O Presidente português começou por agradecer a presença dos partidos, considerando “que a tradição continua” e que “a democracia é mais forte do que as vicissitudes, que aliás, têm a obrigação de a completar e enriquecer e não propriamente questionar ou desvanecer”.
Marcelo, no decorrer da sua intervenção, não se referiu, particularmente, à atual conjuntura política, onde o parlamento está prestes a ser dissolvido, em 15 de janeiro.
O chefe de Estado, depois de ouvir as palavras do Presidente da Assembleia da República, Augustos Santos Silva, afirmou que: “Nem posso nem devo dizer mais. Isto é, de facto, será um ano muito intenso, cá dentro e lá fora”.
Relativamente ao ano que se avezinha, o Presidente da República defende que, no plano interno, “o povo decidirá” e que a expectativa “é que o ano de 2024 possa corresponder àquilo que venha a ser o desejo do povo português”.
“É um grande prazer tê-los aqui na sequência de uma tradição e mostra a força da democracia portuguesa. Para além da vivacidade dos debates, das propostas, dos pontos de vista, o que é facto é que há um clima de estabilidade emocional e institucional que caracteriza a maturidade de uma democracia que vai para o ano celebrar 50 anos do 25 de Abril”, sustentou.
“Isso também está presente no nosso espírito, com sensibilidades diferentes. Sobretudo os mais velhos recordamos o que era viver em ditadura, o que era viver com censura, com repressão”, prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa, para concluir: “Há uma coisa que nós sabemos e queremos, é que ditadura nunca mais.”