A Academia do IDL – Instituto Amaro da Costa vai promover um concurso destinado a premiar os melhores ensaios académicos sobre ‘Portugal na relação da Europa com África’ e ‘Portugal na relação da Europa com a América Latina’. A ideia é dar seguimento à reflexão após a realização de conferência dedicada a estes dois temas, em outubro. Manuel Monteiro, presidente do Instituto Amaro da Costa, explica ao Nascer do SOL que um dos objetivos é que o IDL não promova apenas iniciativas como conferências ou seminários e se esgote a seguir.
"Há uma estratégia que é o de prolongar as iniciativas na medida do possível. O instituto não é uma organização de eventos, mas uma organização que promove eventos que possam contribuir para a reflexão e para um entendimento do pensamento político". O público-alvo deste concurso são alunos de mestrado, essencialmente ligados aos cursos de Relações Internacionais e de Direito, mas também estudantes de mestrado e de doutoramento de Gestão ou de Economia. "O IDL é uma associação jurídica independente, ainda que muito ligada a uma determinada área política: a democracia cristã e conservadorismo democrático, mas a perspetiva é que tenha uma penetração tão grande quanto possível na academia, procurando contribuir para a formação de quadros políticos, que é uma coisa que nos parece essencial e é para isso que um Instituto como este deve servir".
Manuel Monteiro reconhece que na abordagem que tem feito às universidades tem encontrado "imensa gente de valor que está disponível para entrar para a política, mas por qualquer motivo não gosta de partidos", referindo que o IDL tem procurado cativar essas pessoas. "O Instituto pode e deve fazê-lo, não se fechando em torno de si próprio, mas indo ao encontro de pessoas que estão interessadas na causa política, mas por algum motivo ou porque estão desmotivados ou não se interessam ou não gostam não querem participar partidariamente". Uma situação incompreensível, no entender do responsável, já que acredita que o país "não se pode dar ao luxo" de perder essas pessoas. "Penso que um instituto com estas características, fazendo jus ao que Amaro da Costa quis quando fundou, pode e deve ter um contributo muito útil nesta dimensão", acrescentou. Os participantes terão de enviar os seus trabalhos até ao dia 30 de abril de 2024. O vencedor receberá mil euros e verá o seu ensaio publicado pelo instituto.