Num discurso que assinalou o 35º aniversário da declaração de independência da Palestina, o presidente da Autoridade Palestiniana (AP), Mahmoud Abbas, acusou, esta quarta-feira, Israel de travar uma guerra contra a existência dos palestinianos.
O presidente da AP, que está sediado na Cisjordânia ocupada, geograficamente separada da Faixa de Gaza por território israelita, afirmou: “Estamos a enfrentar uma guerra bárbara de agressão e uma guerra aberta de genocídio contra o nosso povo na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém, a nossa capital eterna".
Citado pela agência palestiniana WAFA, Abbas acrescentou que “a guerra injusta e agressiva a que estamos expostos é uma guerra contra a existência palestiniana e a identidade nacional palestiniana".
O presidente da AP acusou Israel, “o Estado ocupante”, de estar a realizar “massacre perante os olhos do mundo para quebrar a vontade” palestiniana, sendo que para Abbas, trata-se de uma guerra contra “a identidade da terra e a identidade do povo”, naquilo a que chamou “um episódio na série de agressões que têm vindo a ocorrer há mais de um século”.
"Queremos uma vida segura, digna e livre para o nosso povo na sua terra natal e num Estado livre, independente e totalmente soberano, com Jerusalém como capital. É a nossa estratégia, é o nosso objetivo e continuaremos a lutar por ele até o conseguirmos", declarou, defendendo que é o povo palestiniano que paga um preço elevado no conflito.