Carlos César, presidente do PS, comunicou após uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa que a opção preferencial é continuar a governação do PS, dada a maioria absoluta que o partido detém no atual quadro parlamentar. Destacou a importância de evitar uma interrupção governativa, reiterando os valores democráticos, estabilidade e respeito por mandatos.
César expressou a convicção de que a situação ideal é a nomeação de um novo Governo com um novo primeiro-ministro. Quanto à possibilidade de eleições antecipadas, mencionou março como a data preferencial, considerando que o PS precisa de escolher um novo líder nesse intervalo.
O presidente do PS afirmou que transmitiu ao Presidente da República a confiança do partido numa vitória em eleições antecipadas e assegurou que o PS ainda não apresentou nenhum nome para liderar o partido. Indicou que o nome escolhido será aprovado na Comissão Política do partido, agendada para quinta-feira, e sugeriu a presença de quadros no partido com reconhecimento ou experiência internacional.
Quando questionado sobre as suspeitas que levaram à demissão de António Costa, César afirmou que não conhece o teor específico das suspeitas na Procuradoria-Geral da República e no Supremo Tribunal de Justiça. Elogiou "a nobreza" da reação de Costa diante das suspeições, destacando "a consciência muito apurada" do ex-primeiro-ministro.