PR convicto que Moldávia vai aderir à UE em sete anos

PR convicto que Moldávia vai aderir à UE em sete anos


O Presidente da República está entre hoje e terça-feira numa visita oficial à República da Moldávia, a convite da homóloga, Maia Sandu, que visitou Lisboa no início de outubro. É a primeira visita de um chefe de Estado português ao país.


O Presidente da República mostrou-se esta segunda-feira convicto de que a Moldávia entrará para a União Europeia (UE) nos próximos sete anos. A sua homóloga garantiu que o país “está pronto” para começar as negociações. 

“Há um caminho a percorrer. Será mais longo ou mais curto? Nós queremos que seja mais curto. No dia 12 de dezembro faço 75 anos. Até 2030, são mais sete… Espero estar vivo e antes de fazer 82 ou 83 anos poder ver a Moldova na UE. Isto é uma forte convicção que tenho: a Moldova vai demonstrar que pode aderir até 2030”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, no palácio presidencial moladavo. 

O chefe de Estado português, aludindo à resolução que o Conselho Europeu poderá tomar em dezembro abrir formalmente as negociações com vista à adesão da Moldávia, disse ter “a certeza de que vai haver uma decisão entre o final deste ano e o início do próximo”. 

“Sentimos que a Moldávia está a fazer tudo o que é preciso para mostrar trabalho árduo nas mesmas áreas que nós enfrentámos há vários anos [para aderir à UE]: serviço social, justiça, contexto legal das instituições políticas, condições económicas, luta contra a corrupção, entre outras”, salientou Marcelo em Chișinău, capital da Moldávia. 

Ao seu lado, a  presidente da Moldávia garantiu que o país “está pronto” para começar o processo de negociações para aderir à UE e também se revelou convicta que as negociações formais para adesão ao bloco comunitário poderão começar em breve, depois de a Comissão Europeia (CE) apresentar o relatório sobre o progresso democrático do país e o Conselho Europeu deliberar sobre o documento na cimeira de dezembro.

“Espero que tenhamos uma decisão positiva em dezembro, temos trabalhado arduamente em todos os parâmetros com os quais concordámos no ano passado, quando foi concedido à Moldávia o estatuto de candidato. Vamos continuar depois de dezembro as reformas com as quais nos comprometemos, com a UE claro, mas em primeiro lugar com a população moldava”, acrescentou Maia Sandu.

“Quanto mais cedo melhor”, advogou a presidente da Moldávia, país que recebeu em junho de 2022 o estatuto de candidato, em simultâneo com a Ucrânia, sobre a qual Marcelo Rebelo de Sousa disse que a segurança do país também é da responsabilidade de Portugal e dos restantes 26 Estados-membros da União Europeia.

“As vossas fronteiras são as nossas, como as da Ucrânia são as nossas. Estamos muito longe uns dos outros, vocês estão no este e nós no oeste, mas é a mesma luta”, advogou. 

A invasão da Rússia à Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, serviu como catalisador para o processo, mas tem havido advertências de que não é possível saltar etapas. No início do mês, a presidente da CE, Ursula von der Leyen, esteve em Chisinau e disse que estava impressionada com o empenho do país nas suas reformas e prometeu apoio “inabalável” ao país.

O Presidente da República está entre hoje e terça-feira numa visita oficial à República da Moldávia, a convite da homóloga, Maia Sandu, que visitou Lisboa no início de outubro. É a primeira visita de um chefe de Estado português ao país.