As famílias com baixos salários estão a contratar menos créditos da casa. Esta é uma das principais conclusões do relatório trimestral do idealista sobre crédito à habitação em Portugal que revela também que 41% dos pedidos de crédito habitação são de famílias com rendimentos familiares inferiores a 2 mil euros.
Os dados – referentes ao terceiro trimestre deste ano – mostram ainda que os agregados que recebem entre 2 mil e 4 mil euros mensais correspondem a 34% dos pedidos e que rendimento médio e que o rendimento médio das famílias com empréstimos concedidos foi de 5.657 euros mensais.
Já o preço médio da compra da casa situou-se nos 261.821 euros e o crédito à habitação médio contratualizado foi de 171.435 euros.
O idealista refere ainda o perfil de quem contrata crédito habitação: 77,8% das escrituras situam-se na faixa etária dos proponentes entre os 25 e os 45 anos. Já a idade média dos compradores baixou de 39 anos para 38 anos em apenas 12 meses. Além disso, cerca de 88% das famílias têm contratos de trabalho permanente e 6% são funcionários públicos.
“Os créditos habitação com taxas mistas estão a ganhar terreno em relação aos com taxa variável, representando 52% do total, em comparação com 28% no terceiro trimestre de 2022”, diz Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal, acrescentando que “a estabilidade que as taxas mistas/fixas oferecem conduz a que muitos clientes procurem defender-se, dada a incerteza do mercado. Além disso, existem ofertas de taxas mistas/fixas mais baratas do que as ofertas de taxa variável no momento inicial do empréstimo habitação”.