A Suécia anunciou, esta sexta-feira, uma nova ajuda militar à Ucrânia no valor de 190 milhões de euros. O governo sueco confirmou também que o envio de caças Gripen para apoiar a resistência ucraniana à invasão russa é uma possibilidade.
“Preparamo-nos para uma longa guerra e devemos, portanto, conceber o nosso apoio de uma forma sustentável e de longo prazo”, disse o ministro da Defesa sueco, Pål Jonson, em conferência de imprensa.
Grande parte desta ajuda são munições de artilharia de 155 milímetros, mas também munições e peças de reposição para os sistemas de armas que a Suécia já enviou para a Ucrânia. Estocolmo fornecerá igualmente equipamentos de comunicação por satélite e de infantaria, além de treinar soldados ucranianos.
Com este décimo quarto programa de apoio militar, a Suécia terá fornecido material militar no valor de aproximadamente 22,2 mil milhões de coroas suecas (quase dois mil milhões de euros), informou o Ministério da Defesa num comunicado.
O governo também pediu ao exército sueco que lhe fornecesse um relatório, até 6 de novembro, sobre as condições para um possível envio de aviões de combate Gripen para a Ucrânia. Os pilotos ucranianos já concluíram o treino inicial nos caças Gripen, em antecipação a esta possível ajuda.
Segundo o governo, para que a Suécia possa entregar os caças Gripen, deve ser membro da NATO. “Acreditamos que nós devemos estar incluídos nos planos de defesa da Aliança e cobertos pelas garantias de defesa da NATO”, explicou Jonson.
A adesão da Suécia à NATO está demorada por falta de ratificação por parte da Hungria e da Turquia.
A segunda invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.