Feijóo reconhece fracasso de investidura como primeiro-ministro

Feijóo reconhece fracasso de investidura como primeiro-ministro


O político espanhol voltou a defender que há em Espanha “uma alternativa à chantagem” dos independentistas bascos e catalães.


O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, reconheceu, esta quinta-feira, o fracasso da sua investidura como primeiro-ministro dentro de um mês, devido à falta de apoios necessários no parlamento.

"Talvez este processo de investidura não me leve à presidência [do Governo], mas vai levar à política nacional e ao Congresso dos Deputados a igualdade dos cidadãos, a dignidade das nossas instituições e as prioridades das famílias. E isto, penso que vale bem a pena", disse o líder do PP, durante uma iniciativa do partido, em Madrid, perante uma plateia de militantes e dirigentes do partido.

Feijóo confessou em diversas ocasiões que a sessão de investidura como primeiro-ministro, agendada para o parlamento de Espanha para 26 e 27 de fevereiro, pode falhar, afirmando que "é verdade que apesar de ter ganhado" as eleições de 23 de julho, não tem "todas as possibilidades reais para que a investidura frutifique".

O político espanhol voltou a defender que há em Espanha "uma alternativa à chantagem" dos independentistas bascos e catalães.

Esta é uma referência aos acordos que viabilizaram na última legislatura o governo de esquerda liderado pelos socialistas e que podem ser de novo reeditados na sequência das eleições de 23 de julho.

Feijóo garantiu que insistirá nessa proposta, "mesmo que isso custe receber um não" na investidura como primeiro-ministro.

O líder do PP venceu as eleições, contudo não tem uma maioria de apoio no parlamento que lhe garanta a investidura como primeiro-ministro.

Este propôs, esta quarta-feira, ao líder do PSOE, Pedro Sánchez, um acordo ao abrigo do qual governaria o partido mais votado, como sempre aconteceu na democracia espanhola nos últimos 45 anos, e que acabaria com a influência dos independentistas catalães e bascos.

O líder do PP disse que propôs a Sánchez "seis grandes pactos de Estado" e que os socialistas viabilizassem um governo dos populares para uma legislatura de dois anos, o tempo para pôr em marcha esses acordos, contudo, o PSOE rejeitou esta proposta.