Por Joaquim Jorge, Fundador do Clube dos Pensadores
Acho esta discussão de candidatos às próximas eleições presidenciais extemporânea e sem sentido.
Repare-se como a política anda sempre às avessas ou o carro à frente dos bois.
António Costa que se está a fazer de morto, escuta, analisa, observa e tira notas para a sua rentrée.
Pedro Santana Lopes tem feito um excelente trabalho na Figueira da Foz, termina o seu mandato em Setembro de 2025.
Pode muito bem decidir candidatar-se. Acaba o seu mandato autárquico e vai por outro caminho.
Há uma aproximação entre Pedro Santana Lopes e a direcção do PSD de Luís Montenegro, que quer que Pedro Santana Lopes volte a militante.
Como sabemos faltam cerca de dois anos e meio para as eleições presidenciais – Janeiro de 2026.
Por este andar, e com estas divisões o PSD vai entregar a presidência da República ao PS, que pode ter como candidato Augusto Santos Silva ou outro nome qualquer.
O PSD não tem emenda e não aprende. O PSD, em vez de se virar para fora, continua a alimentar lutas internas e autofágicas. O maior adversário do PSD, é ele próprio.
Eu, por mim, estou atento ao novo OE 2024 e ver como decorrem as eleições na Madeira.
A seguir vem as eleições europeias em 2024. Deixemos decorrer o calendário eleitoral naturalmente, sem atropelos e ultrapassagens.
Marques Mendes a tentar imitar Marcelo Rebelo de Sousa, porém uma imitação nunca é o original. O desviar a atenção do que interessa verdadeiramente aos portugueses.
Não acho correcto um comentador permanente na SIC utilizar o seu espaço de comentário para promoção pessoal de uma candidatura sua.
A mim, mete-me muita confusão um comentador ser do PSD e procurar incutir nas pessoas, que é independente. Se quer ser independente deixa de ser militante.
Num caso destes, a SIC como órgão de comunicação social que preza tanto a liberdade de expressão e a independência não pode aceitar ter um comentador que se está a autopromover.
No fundo Marques Mendes fez um dark ads da sua candidatura e ainda por cima pagam-lhe para fazer isso.
Não tenho dúvidas que este tipo de propaganda, prejudica profundamente o processo democrático.
Uma candidatura presidencial é proposta por um mínimo de 7500 cidadãos eleitores, é unipessoal sem intervenção directa dos partidos.
Temos que repensar o nosso sistema político e a sua relação com a comunicação social.
A infocracia como diz Byung-Chul Han, filósofo coreano, “na telecracia, pela televisão as pessoas são entretidas e viciam a verdade”.
É preciso que a verdade não se torne supérflua, não confundam as pessoas e se aproveitem do lugar que ocupam.