Lukashenko descarta ataque do grupo Wagner à Polónia

Lukashenko descarta ataque do grupo Wagner à Polónia


O Presidente bielorrusso falava durante uma visita à região de Brest, em reação às declarações do primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e manifestou preocupação sobre o destacamento de cem mercenários do grupo paramilitar russo perto da fronteira.


O Presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, descartou a possibilidade de acontecer um ataque do grupo paramilitar russo Wagner à Polónia desde o território bielorrusso.

"Estando perto de Osipovich [na região de Mogilev], no centro de Belarus, [os mercenários] não vão a lado nenhum. Eles estão acostumados a seguir ordens", reforçou Lukashenko, à agência de notícias oficial BELTA.

O Presidente bielorrusso falava durante uma visita à região de Brest, em reação às declarações do primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e manifestou preocupação sobre o destacamento de cem mercenários do grupo paramilitar russo perto da fronteira.

"Nenhum destacamento do Wagner com 100 homens foi implantado naquela direção [na fronteira com a Polónia]. E se foi, foi feito apenas para partilhar a sua experiência de combate com as brigadas bielorrussas concentradas em Brest e Grodno", afirmou o governante, acrescentando que os militares bielorrussos devem ser treinados, "porque um Exército que não luta é um meio exército".

Em 23 de julho, Lukashenko assegurou, durante um encontro em São Petersburgo com o seu homólogo russo Vladimir Putin, que os paramilitares do grupo Wagner estacionados no seu país lhe pediram "autorização" para atacar a Polónia, mas estas declarações foram interpretadas apenas como uma forma de pressionar a Polónia, membro da NATO e um dos mais destacados apoiantes da Ucrânia.