Banca agrava comissões

Banca agrava comissões


A fórmula de sucesso mantém-se junto dos cinco maiores bancos: pressão nas comissões e redução na estrutura, com menos trabalhadores e balcões.


A fórmula de sucesso dos cinco maiores bancos (Caixa Geral de Depósitos, Santander, BCP, novobanco e BPI) volta a estar assente na redução dos custos de estrutura – com equipas cada vez mais reduzidas e menos balcões – e no aumento das comissões. No final do primeiro trimestre, estes cinco bancos contavam com 25.228 trabalhadores e 1.868 balcões, contra 25.738 funcionários e 1.959 agências no período homólogo.

A Caixa Geral de Depósitos registou um aumento de 2% das comissões para 149 milhões e o banco público foi dos que mais reduziu o seu número de trabalhadores, terminando o primeiro trimestre com 5.787 trabalhadores, menos 298 face a março do ano passado. Já o número de balcões recuou em 27 para 515. Os custos de estrutura totalizaram os 216 milhões de euros.

Já o Santander Totta perdeu 44 trabalhadores nos três primeiros meses do ano, recuando para 4.677 colaboradores. O mesmo cenário de redução verificou-se no número de balcões ao baixar em 10, para 334 agências. As comissões da instituição financeira atingiram os 358,6 milhões de euros.

Também o BPI viu o seu número de trabalhadores a baixar em 100, para 4.386, enquanto o número de balcões recuou em 22, para 319. Segundo a instituição financeira, as comissões aumentaram 7% devido ao aumento das operações de crédito, das comissões associadas a contas, intermediação de seguros, vendas de fundos de investimento e seguros de capitalização.

O novobanco não escapou a esta tendência de emagrecimento, em termos de estrutura e reduziu no ano terminado em 31 de março 77 colaboradores e fechou 19 agências, concluindo o período em análise com 4.105 trabalhadores e 292 balcões.

Quanto às comissões, praticamente estabilizaram nos 68,9 milhões de euros no mesmo período

Por seu lado, no BCP, as comissões subiram 1,3% para 195,4 milhões de euros, incluindo operações internacionais. No entanto, na operação em Portugal, a subida foi de 3,8%, totalizando os 141,7 milhões de euros.

Mas ao contrário dos seus concorrentes, o banco liderado por Miguel Maya ‘ganhou’ nove trabalhadores no último ano, fechando o primeiro trimestre com 6.273. Já o número de balcões baixou em 13, para 408.