Os últimos acontecimentos da TAP, poder-se-ia dizer, T(tantas) A (as) P(patranhas).
O Parlamento parece um recreio da escola primária, em que o traquinas André Ventura fez das dele e o professor Santos Silva passou-lhe um raspanete, na frente de todos, aproveitando o seu poder autoritário.
Já, passaram alguns dias e pelo andar da carruagem Augusto Santos Silva (proto-candidato a presidente da República) não ficou nada bem na fotografia. O vídeo sobre o que disse é esclarecedor, seja ou não legal recolher imagens ou som, disse. Ponto.
De novo, saiu-lhe o tiro pela culatra. Marcelo Rebelo de Sousa deve afastar-se deste tipo de situações, tão inteligente que é, não se pode dar com toda a gente e ser enredado neste lamaçal.
Porém, não há bela sem senão e a telenovela negra deste governo continua sem fim à vista. Estalou um diferendo por causa da TAP entre o ministro João Galamba e o adjunto Frederico Pinheiro. Vamos ter novos episódios desta telenovela que tarda em terminar. João Galamba demite-se, mas António Costa não aceita a sua demissão. Marcelo Rebelo de Sousa não gostou. Marcelo Rebelo de Sousa perdeu o poder do uso da palavra.
Marcelo Rebelo de Sousa só tinha a fazer uma coisa, chamava António Costa e informava-o do seguinte: o sr. demite-se e eu reconduzo-o para formar novo governo ou convoco eleições antecipadas. Passava o ónus deste nó górdio para António Costa. Infelizmente não aconteceu assim.
O PS ficou em alerta total e com receio de perder o poder por eleições antecipadas, Carlos César com um golpe de mestre sugeriu uma remodelação do governo. Pedro Santana Lopes já há algum tempo tinha sugerido que o governo se demitisse em bloco e Marcelo Rebelo de Sousa voltasse a indigitar António Costa para formar outro governo sem eleições antecipadas.
O PS sempre em mutação e mudança para que tudo fica como está e na mesma. Carlos César, antes que outros peçam, sugeriu uma remodelação. Carlos César antecipou-se inteligentemente, antes que seja consensual uma dissolução do Parlamento, procura ganhar tempo e dar um novo rumo ao governo.
O Governo está ligado a uma máquina e começa a dar sinais que não vai recuperar as suas funções vitais.
E, o que é fantasmagórico é que a culpa é unicamente do próprio Governo, em absoluta auto-destruição.
A oposição limita-se a apanhar os cacos e a procurar tirar partido desta situação.
Os portugueses começam a pedir “socorro” e “ajudem-nos a governar o país”. O pior é que não se vislumbra ninguém com perfil para endireitar este estado de coisas.
Há muito tempo que não seguia o telejornal com tanto interesse. Este governo proporciona-me uma verdadeira telenovela com muito interesse, enredo, traições e mudanças fantásticas. Mas, sinto uma enorme tristeza por tudo que se está a passar.
Vamos assim, “cada cavadela, sua minhoca», quanto mais se remexe, se aprofunda um assunto, mais surpresas se topam, mais dificuldades surgem. Ou seja, cada coisa que se descobre é uma asneira.