1 017 300 000 000 euros


O número paga a neutralidade carbónica em Portugal quando o país representa quase nada no conjunto dos emitentes de CO2 no mundo.


O chanceler alemão foi ao Egipto à Conferência do Clima, anunciar que o  seu Governo decidiu manter centrais a carvão e petróleo, para obviar a eventual escassez de gás, reforçando assim a segurança energética do país num contexto da guerra contra a Ucrânia e da situação tensa nos mercados da energia.

No mesmo dia e na mesma Conferência, o primeiro-ministro português subiu ao mesmíssimo palco não só para dar a notícia de que antecipou para 2045 a data da neutralidade carbónica em Portugal, como para anunciar que não haverá mais produção de energia a partir do carvão.

Podia ainda ter ido mais longe e recordar que temos reservas de crude e gás natural “on e offshore” que renunciámos a explorar após concursos lançados para o efeito, apesar de o governo integrar hoje na pasta da Economia, o ex-presidente de uma empresa que concorreu à exploração destes mananciais e cuja reversão mereceu bastas críticas produzidas à época, pelo então futuro membro do governo.

Temos então que Portugal anda pelos tablados internacionais fazendo figura de rico – rejeitando produzir energia mais barata em obediência a fundamentalismos climáticos – enquanto por cá, o Presidente da República através de ralhetes públicos, põe os ministros em sentido por negligente gestão dos fundos comunitários, que tanta falta fazem a um país pobre …

O custo para Portugal da obtenção da neutralidade carbónica – valor que titula esta crónica – foi anunciado pelo anterior ministro do Ambiente, em 2019 durante a Conferência do Clima em Madrid.

Que acrescentava ainda que 85% deste valor será investimento feito pelas famílias e empresas ao longo dos anos até 2050.

Este é o custo em euros que os portugueses vão pagar para “fazer figura” no meio dos países que querem estar na liderança de um mundo “clean”, sem tufões nem calamidades naturais, com técnicas que estão por inventar.

Este valor que supostamente custa a “neutralidade carbónica”, a dividir por dez milhões significa que cada cidadão português nos próximos 27 anos pode preparar 101 720 euros para ser neutro carbonicamente falando.

O número paga a neutralidade carbónica em Portugal quando o país representa quase nada no conjunto dos emitentes de CO2 no mundo, face às opções de indiferença militante e plural de países como a China, a Índia ou os Estados Unidos, os majoritários emissores de CO2.

E então de onde virão estes recursos para os portugueses pagarem a fatura?

Essencialmente de cada uma das categorias ambientais de imposições fiscais, divididas em quatro setores:

1. Energia – impostos sobre produtos energéticos, como o ISP, que incidem sobre gasolina, gasóleo, fuelóleo, gás natural, carvão e eletricidade, bem como as receitas com os leilões de licenças de emissão de gases com efeito de estufa (licenças de carbono);

2. Transportes – impostos relacionados com a propriedade e o uso de veículos automóveis, como o IUC e o ISV. Abrange também impostos sobre outros transportes, como aviões ou embarcações;

3. Poluição – impostos sobre estimativas ou medições efetivas de emissões poluentes (para o ar ou para a água) ou sobre a gestão de resíduos sólidos e sobre o ruído.

4. Recursos – impostos ligados à extração ou uso de recursos naturais, como petróleo e gás, água, floresta, flora e fauna selvagens, por serem atividades que esgotam os recursos naturais. Inclui, por exemplo, as licenças de caça e pesca.

Ora Portugal já tem níveis de fiscalidade estratosféricos que pesam sobre as empresas e famílias e que retiram o acesso a mais investimento e consumo, isto é, que empobrecem o país.

O governo continua assim imaginativo para retirar à sociedade o máximo de recursos e injetar em fantasias climáticas de urgência questionável, inteiramente provindas de agendas internacionalistas adotadas sem crivo à luz dos interesses nacionais, não tendo em conta a dimensão e especificidade de cada país.

Portugal tem ainda problemas ambientais, no domínio do saneamento básico, do abastecimento de água em abundância e a custo reduzido, no tratamento de RSU.

Lembramo-nos da seca e da falta de armazenagem de água e nada mais acontece até à próxima crise.

Temos problemas na gestão da drenagem de águas em zonas ribeirinhas como acontece em Lisboa logo que chove um pouco mais.

Mas a mobilização ambiental em Portugal é dirigida essencialmente à descarbonização e ao manuseio que tudo tenta justificar, com o chavão das “alterações climáticas”.

Mesmo os 1 017 300 000 000 euros que fazem falta para o país se modernizar transversalmente e não investir apenas em objetivos questionáveis quanto à sua prioridade.

1 017 300 000 000 euros


O número paga a neutralidade carbónica em Portugal quando o país representa quase nada no conjunto dos emitentes de CO2 no mundo.


O chanceler alemão foi ao Egipto à Conferência do Clima, anunciar que o  seu Governo decidiu manter centrais a carvão e petróleo, para obviar a eventual escassez de gás, reforçando assim a segurança energética do país num contexto da guerra contra a Ucrânia e da situação tensa nos mercados da energia.

No mesmo dia e na mesma Conferência, o primeiro-ministro português subiu ao mesmíssimo palco não só para dar a notícia de que antecipou para 2045 a data da neutralidade carbónica em Portugal, como para anunciar que não haverá mais produção de energia a partir do carvão.

Podia ainda ter ido mais longe e recordar que temos reservas de crude e gás natural “on e offshore” que renunciámos a explorar após concursos lançados para o efeito, apesar de o governo integrar hoje na pasta da Economia, o ex-presidente de uma empresa que concorreu à exploração destes mananciais e cuja reversão mereceu bastas críticas produzidas à época, pelo então futuro membro do governo.

Temos então que Portugal anda pelos tablados internacionais fazendo figura de rico – rejeitando produzir energia mais barata em obediência a fundamentalismos climáticos – enquanto por cá, o Presidente da República através de ralhetes públicos, põe os ministros em sentido por negligente gestão dos fundos comunitários, que tanta falta fazem a um país pobre …

O custo para Portugal da obtenção da neutralidade carbónica – valor que titula esta crónica – foi anunciado pelo anterior ministro do Ambiente, em 2019 durante a Conferência do Clima em Madrid.

Que acrescentava ainda que 85% deste valor será investimento feito pelas famílias e empresas ao longo dos anos até 2050.

Este é o custo em euros que os portugueses vão pagar para “fazer figura” no meio dos países que querem estar na liderança de um mundo “clean”, sem tufões nem calamidades naturais, com técnicas que estão por inventar.

Este valor que supostamente custa a “neutralidade carbónica”, a dividir por dez milhões significa que cada cidadão português nos próximos 27 anos pode preparar 101 720 euros para ser neutro carbonicamente falando.

O número paga a neutralidade carbónica em Portugal quando o país representa quase nada no conjunto dos emitentes de CO2 no mundo, face às opções de indiferença militante e plural de países como a China, a Índia ou os Estados Unidos, os majoritários emissores de CO2.

E então de onde virão estes recursos para os portugueses pagarem a fatura?

Essencialmente de cada uma das categorias ambientais de imposições fiscais, divididas em quatro setores:

1. Energia – impostos sobre produtos energéticos, como o ISP, que incidem sobre gasolina, gasóleo, fuelóleo, gás natural, carvão e eletricidade, bem como as receitas com os leilões de licenças de emissão de gases com efeito de estufa (licenças de carbono);

2. Transportes – impostos relacionados com a propriedade e o uso de veículos automóveis, como o IUC e o ISV. Abrange também impostos sobre outros transportes, como aviões ou embarcações;

3. Poluição – impostos sobre estimativas ou medições efetivas de emissões poluentes (para o ar ou para a água) ou sobre a gestão de resíduos sólidos e sobre o ruído.

4. Recursos – impostos ligados à extração ou uso de recursos naturais, como petróleo e gás, água, floresta, flora e fauna selvagens, por serem atividades que esgotam os recursos naturais. Inclui, por exemplo, as licenças de caça e pesca.

Ora Portugal já tem níveis de fiscalidade estratosféricos que pesam sobre as empresas e famílias e que retiram o acesso a mais investimento e consumo, isto é, que empobrecem o país.

O governo continua assim imaginativo para retirar à sociedade o máximo de recursos e injetar em fantasias climáticas de urgência questionável, inteiramente provindas de agendas internacionalistas adotadas sem crivo à luz dos interesses nacionais, não tendo em conta a dimensão e especificidade de cada país.

Portugal tem ainda problemas ambientais, no domínio do saneamento básico, do abastecimento de água em abundância e a custo reduzido, no tratamento de RSU.

Lembramo-nos da seca e da falta de armazenagem de água e nada mais acontece até à próxima crise.

Temos problemas na gestão da drenagem de águas em zonas ribeirinhas como acontece em Lisboa logo que chove um pouco mais.

Mas a mobilização ambiental em Portugal é dirigida essencialmente à descarbonização e ao manuseio que tudo tenta justificar, com o chavão das “alterações climáticas”.

Mesmo os 1 017 300 000 000 euros que fazem falta para o país se modernizar transversalmente e não investir apenas em objetivos questionáveis quanto à sua prioridade.