Pelo menos por agora, folguem-nos as costas


Algo de muito errado se passa num país onde um Governo que nos está constantemente a sugar mais dinheiro de forma direta ou indireta, para levar a cabo o que precisa, desde salvar companhias aéreas falidas a “salvar o planeta”, se recusa a sacrificar uma insignificante parte da sua receita para que possamos respirar um…


Estamos novamente em período de crise económica. Não é, infelizmente, território desconhecido para a maioria de nós portugueses. Ora estamos em crise porque o mundo está em crise, ora porque nos colocamos em crise, por incompetência governamental.

Há sempre algo em comum neste nosso triste fado: nunca estamos preparados, nunca nos prevenimos e raramente aprendemos com os erros. Se acrescentássemos à letra do nosso hino algo como "face aos problemas, logo se vê, logo se vê!", penso que todos concordaríamos que tal não destoaria muito a nossa mística nacional.

O nosso Governo levou muito mais tempo que a maioria dos Governos, um pouco por toda a Europa, a reagir aos mais que declarados avisos de crise. Aliás, isso até foi muito bem parodiado no programa do novo "Líder da Oposição" de Ricardo Araújo Pereira. Países com bastante mais capacidade para suportar as dificuldades que se avizinham estariam já a anunciar medidas para proteger a sua população. Em Portugal "logo se via".

Todas as instituições davam e dão previsões (inflação, recessão, etc.) muito mais danosas para Portugal que o Governo. Esse, navega num mar de otimismo: está tudo controlado, "keep calm".

Entretanto, há meses que somos assolados com as notícias de aumento de preços e consequentemente da pobreza, na comunicação social. A DECO Proteste desde fevereiro(!) que vem monitorizando e alertando para os aumentos galopantes nos preços dos alimentos mais básicos, e essenciais às famílias. Estamos a falar de legumes, massa ou carne, por exemplo. Um cabaz com alimentos deste género custa agora mais 30 euros do que em fevereiro deste mesmo ano. Faz muita diferença.

Somos também já o 3º país da Europa cujas famílias, vulneráveis, mais dificuldades encontram para pagar as contas, recorrendo inclusive a créditos para o fazer. Quase metade da população (4.4milhões) de Portugal está dependente do Estado para conseguir sobreviver, através de apoios sociais. Não há muito tempo o Primeiro-Ministro anunciava como grande feito, que o Governo estava a estender o apoio ao cabaz alimentar a mais famílias. Só com o PS é que a miséria é apresentada como uma vitória. Posteriormente surgiu a medida peregrina de lançar 125 euros ao povo – e afinal nem isso conseguem fazer a tempo e horas.

As pessoas mais pobres estão na linha da frente para sofrer a ofensiva de uma crise cega, que encontra terreno fértil para fazer estragos num Portugal recheado de taxas e impostos que servem para alimentar um Estado glutão antes das famílias. É neste quadro que não se entende como é possível a recusa do Ministro das Finanças em aplicar a medida proposta pelo CDS-PP, de eliminar temporariamente o IVA dos alimentos essenciais, que aliviaria o esforço que milhões de portugueses fazem hoje para uma coisa tão básica como conseguir colocar comida em cima da mesa.

Algo de muito errado se passa num país onde um Governo que nos está constantemente a sugar mais dinheiro de forma direta ou indireta, para levar a cabo o que precisa, desde salvar companhias aéreas falidas a "salvar o planeta", se recusa a sacrificar uma insignificante parte da sua receita para que possamos respirar um pouco.

Costuma-se dizer que enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. Só que para o Governo socialista, nem isso é hipótese. Neste período de incerteza e desequilíbrio das nossas vidas, a esquerda, representada pelo PS, BE e PCP, tem estado preocupada com os lucros das empresas. A direita que o CDS-PP representa, está preocupada em aliviar as despesas das famílias, dos jovens em início de vida, dos idosos e pensionistas. Para enfrentar a crise, entre estas duas, eu não tenho muitas dúvidas por que tipo de preocupações preferia que os deputados optassem.

 

João Conde – Presidente da Juventude Popular de Setúbal

Pelo menos por agora, folguem-nos as costas


Algo de muito errado se passa num país onde um Governo que nos está constantemente a sugar mais dinheiro de forma direta ou indireta, para levar a cabo o que precisa, desde salvar companhias aéreas falidas a "salvar o planeta", se recusa a sacrificar uma insignificante parte da sua receita para que possamos respirar um…


Estamos novamente em período de crise económica. Não é, infelizmente, território desconhecido para a maioria de nós portugueses. Ora estamos em crise porque o mundo está em crise, ora porque nos colocamos em crise, por incompetência governamental.

Há sempre algo em comum neste nosso triste fado: nunca estamos preparados, nunca nos prevenimos e raramente aprendemos com os erros. Se acrescentássemos à letra do nosso hino algo como "face aos problemas, logo se vê, logo se vê!", penso que todos concordaríamos que tal não destoaria muito a nossa mística nacional.

O nosso Governo levou muito mais tempo que a maioria dos Governos, um pouco por toda a Europa, a reagir aos mais que declarados avisos de crise. Aliás, isso até foi muito bem parodiado no programa do novo "Líder da Oposição" de Ricardo Araújo Pereira. Países com bastante mais capacidade para suportar as dificuldades que se avizinham estariam já a anunciar medidas para proteger a sua população. Em Portugal "logo se via".

Todas as instituições davam e dão previsões (inflação, recessão, etc.) muito mais danosas para Portugal que o Governo. Esse, navega num mar de otimismo: está tudo controlado, "keep calm".

Entretanto, há meses que somos assolados com as notícias de aumento de preços e consequentemente da pobreza, na comunicação social. A DECO Proteste desde fevereiro(!) que vem monitorizando e alertando para os aumentos galopantes nos preços dos alimentos mais básicos, e essenciais às famílias. Estamos a falar de legumes, massa ou carne, por exemplo. Um cabaz com alimentos deste género custa agora mais 30 euros do que em fevereiro deste mesmo ano. Faz muita diferença.

Somos também já o 3º país da Europa cujas famílias, vulneráveis, mais dificuldades encontram para pagar as contas, recorrendo inclusive a créditos para o fazer. Quase metade da população (4.4milhões) de Portugal está dependente do Estado para conseguir sobreviver, através de apoios sociais. Não há muito tempo o Primeiro-Ministro anunciava como grande feito, que o Governo estava a estender o apoio ao cabaz alimentar a mais famílias. Só com o PS é que a miséria é apresentada como uma vitória. Posteriormente surgiu a medida peregrina de lançar 125 euros ao povo – e afinal nem isso conseguem fazer a tempo e horas.

As pessoas mais pobres estão na linha da frente para sofrer a ofensiva de uma crise cega, que encontra terreno fértil para fazer estragos num Portugal recheado de taxas e impostos que servem para alimentar um Estado glutão antes das famílias. É neste quadro que não se entende como é possível a recusa do Ministro das Finanças em aplicar a medida proposta pelo CDS-PP, de eliminar temporariamente o IVA dos alimentos essenciais, que aliviaria o esforço que milhões de portugueses fazem hoje para uma coisa tão básica como conseguir colocar comida em cima da mesa.

Algo de muito errado se passa num país onde um Governo que nos está constantemente a sugar mais dinheiro de forma direta ou indireta, para levar a cabo o que precisa, desde salvar companhias aéreas falidas a "salvar o planeta", se recusa a sacrificar uma insignificante parte da sua receita para que possamos respirar um pouco.

Costuma-se dizer que enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. Só que para o Governo socialista, nem isso é hipótese. Neste período de incerteza e desequilíbrio das nossas vidas, a esquerda, representada pelo PS, BE e PCP, tem estado preocupada com os lucros das empresas. A direita que o CDS-PP representa, está preocupada em aliviar as despesas das famílias, dos jovens em início de vida, dos idosos e pensionistas. Para enfrentar a crise, entre estas duas, eu não tenho muitas dúvidas por que tipo de preocupações preferia que os deputados optassem.

 

João Conde – Presidente da Juventude Popular de Setúbal