O fim de uma vida falaciosa


A geração de que faço parte terá mais um desafio. Já não bastou a crise do subprime em 2008; já não bastou a bancarrota e a troika em 2011; já não bastou sermos a geração mais qualificada mas cujos 1000€ persistem a ser a realidade para a maioria.


No dia 20 de março de 2020 escrevi que chegara o fim de nossa forma de vida e que iríamos assistir e viver uma mudança brutal que se consubstanciava em:

1. Aumento imensurável dos apoios da segurança social;

2. Caos nas finanças públicas de Portugal, Europa e mundo;

3. Excesso de dívida pública;

4. Estado não terá capacidade para fazer face aos compromissos existentes;

5. Hiperinflação;

6. Impacto no financiamento privado (aumento imensurável de juros);

7. Banca sobre-endividada e sem capacidade para fazer face aos incumprimentos havidos (vai tentar empurrar com barriga as moratórias, mas quanto mais tempo de moratórias mais as pessoas continuam/vão gastar o que não têm!);

8. Possível transformação da moeda em 100% moeda digital (com e sem criptomoeda) para maior controlo da disponibilidade ou indisponibilidade à população;

9. Aumento de impostos;

10. Menos poder de compra;

11. Venda ao desbarato de terra e ativos estratégicos nacionais e de privados (conselho de Washington atual);

12. Aumento do preço da comida (futuros registam 400%);

13. Fome;

14. Pobreza extrema na classe média;

15. Economia estanque e sobre-endividada;

16. Insegurança; e

17. Guerra.

Na altura e até há pouco alguns, consideravam-me um pessimista. Contudo, afinal e com muita pena minha, talvez tenha sido um realista precoce.

A geração de que faço parte terá mais um desafio. Já não bastou a crise do subprime em 2008; já não bastou a bancarrota e a troika em 2011; já não bastou sermos a geração mais qualificada mas cujos 1000€ persistem a ser a realidade para a maioria.

Agora, também seremos a geração da mudança de um ciclo civilizacional.

De uma nova forma de vida e de viver.

Que assim seja.

Contudo, cientes dos desafios que teremos pela frente, o Governo e a classe política vigente não conseguem propor nem agir “fora da caixa” como a atualidade exige.

Com enorme probabilidade as taxas de juros podem atingir valores superiores a 4% ainda em 2022, aliás, como já se começou a anunciar em Espanha no “elEconomista” citando Jerome Powell, presidente da FED.

Mas também, com ainda maior realidade, a inflação continuará a subir podendo atingir valores semelhantes à década em que nasci.

De facto, só quem andasse muito distraído ou quisesse enganar terceiros, poderia não refletir, pensar e esperar que este novo futuro do nosso mundo não chegasse às nossas vidas.

Não foi justo nem poderia ser possível vivermos numa sociedade global em que contrair dívida era “bom” e “positivo” e estimulado sem critérios.

Mas também não foi justo nem poderia ser possível perdermos a memória do custo da paz que construímos.

Não foi justo nem possível as gerações vigentes terem dado a paz e o mundo bom como adquiridos, destruindo-o apenas por interesse e desleixo.

Aliás, na mesma linha o Papa Francisco ensinou que mais vale uma boa discussão (ou confronto) na procura do entendimento necessário do que o silêncio e o deixar andar que tudo destrói e tudo mata.

Neste contexto, o mundo continua sem promover a “boa discussão” e o diálogo, apesar das enormes discórdias existentes. E o atual Governo apenas consegue “bolhalizar” com ideias minúsculas, como as “esmolas” de um cofre que é de todos os portugueses.

É neste contexto de futuro certo, mas inesperado, que o atual Governo prefere manter políticas de “pão e circo” ao jeito do Fórum de São Paulo (ideologia vazia do Centro e Sul Americano), em vez de projetar ideias e políticas inovadoras, “fora da caixa” e que possam, verdadeiramente, gerar futuro a Portugal.

O futuro, hoje, só será possível com um Estado menor, menos gastador, mais eficiente, competente e profissional. Um Estado que não pode continuar a exigir tudo, mas que, depois, cada vez faz menos, pior e que não garante nem promove melhor qualidade de vida aos Portugueses. Um Estado que apenas se serve a si mesmo, olvidando os Portugueses e Portugal.

Ao invés das “esmolas” que o Governo sem pudor anuncia, as famílias e as empresas Nacionais precisam de:

1. Promover o Salário Digno Nacional, através da isenção do IRS para todos os trabalhadores com salários até 1500€;

2. Gerar a poupança no tecido empresarial Nacional, em especial nas micro, pequenas e médias empresas, através da suspensão e anulação imediata do pagamento por conta que esvazia a tesouraria das empresas sem qualquer justificação (serve para financiar o Estado a custo zero! sem razão atual, especialmente no âmbito da bazuca! e não faz sentido que o Estado continue a receber este avanço de possíveis lucros, instigando depois as empresas ao financiamento bancário com custos insuportáveis);

3. Promover a competitividade do tecido empresarial nacional com uma bonificação do IRC de 50% durante, pelo menos, os próximos 3 anos;

4. Promover a eficiência de recursos infraestruturais existentes, como o aeroporto de Beja que tem de ser bem gerido e usufruído, porque, hoje, Portugal é bastante mais que Lisboa e os tempos são de contenção; e

5. Voltar a criar as Reservas Estratégicas Alimentares e Energéticas cruciais ao futuro necessário.

Resumindo, medidas simples. No fundo, medidas que vão ao encontro da Estratégia Nacional que tanto precisamos e há tanto tempo almejamos.

Haja o mínimo de consciência cívica e de responsabilidade política para, de uma vez por todas, se começar a “fazer o que ainda não foi feito!”.

A nossa vida será diferente. Mas o futuro só dependerá de nós.

Especialista em Estratégia Nacional 

O fim de uma vida falaciosa


A geração de que faço parte terá mais um desafio. Já não bastou a crise do subprime em 2008; já não bastou a bancarrota e a troika em 2011; já não bastou sermos a geração mais qualificada mas cujos 1000€ persistem a ser a realidade para a maioria.


No dia 20 de março de 2020 escrevi que chegara o fim de nossa forma de vida e que iríamos assistir e viver uma mudança brutal que se consubstanciava em:

1. Aumento imensurável dos apoios da segurança social;

2. Caos nas finanças públicas de Portugal, Europa e mundo;

3. Excesso de dívida pública;

4. Estado não terá capacidade para fazer face aos compromissos existentes;

5. Hiperinflação;

6. Impacto no financiamento privado (aumento imensurável de juros);

7. Banca sobre-endividada e sem capacidade para fazer face aos incumprimentos havidos (vai tentar empurrar com barriga as moratórias, mas quanto mais tempo de moratórias mais as pessoas continuam/vão gastar o que não têm!);

8. Possível transformação da moeda em 100% moeda digital (com e sem criptomoeda) para maior controlo da disponibilidade ou indisponibilidade à população;

9. Aumento de impostos;

10. Menos poder de compra;

11. Venda ao desbarato de terra e ativos estratégicos nacionais e de privados (conselho de Washington atual);

12. Aumento do preço da comida (futuros registam 400%);

13. Fome;

14. Pobreza extrema na classe média;

15. Economia estanque e sobre-endividada;

16. Insegurança; e

17. Guerra.

Na altura e até há pouco alguns, consideravam-me um pessimista. Contudo, afinal e com muita pena minha, talvez tenha sido um realista precoce.

A geração de que faço parte terá mais um desafio. Já não bastou a crise do subprime em 2008; já não bastou a bancarrota e a troika em 2011; já não bastou sermos a geração mais qualificada mas cujos 1000€ persistem a ser a realidade para a maioria.

Agora, também seremos a geração da mudança de um ciclo civilizacional.

De uma nova forma de vida e de viver.

Que assim seja.

Contudo, cientes dos desafios que teremos pela frente, o Governo e a classe política vigente não conseguem propor nem agir “fora da caixa” como a atualidade exige.

Com enorme probabilidade as taxas de juros podem atingir valores superiores a 4% ainda em 2022, aliás, como já se começou a anunciar em Espanha no “elEconomista” citando Jerome Powell, presidente da FED.

Mas também, com ainda maior realidade, a inflação continuará a subir podendo atingir valores semelhantes à década em que nasci.

De facto, só quem andasse muito distraído ou quisesse enganar terceiros, poderia não refletir, pensar e esperar que este novo futuro do nosso mundo não chegasse às nossas vidas.

Não foi justo nem poderia ser possível vivermos numa sociedade global em que contrair dívida era “bom” e “positivo” e estimulado sem critérios.

Mas também não foi justo nem poderia ser possível perdermos a memória do custo da paz que construímos.

Não foi justo nem possível as gerações vigentes terem dado a paz e o mundo bom como adquiridos, destruindo-o apenas por interesse e desleixo.

Aliás, na mesma linha o Papa Francisco ensinou que mais vale uma boa discussão (ou confronto) na procura do entendimento necessário do que o silêncio e o deixar andar que tudo destrói e tudo mata.

Neste contexto, o mundo continua sem promover a “boa discussão” e o diálogo, apesar das enormes discórdias existentes. E o atual Governo apenas consegue “bolhalizar” com ideias minúsculas, como as “esmolas” de um cofre que é de todos os portugueses.

É neste contexto de futuro certo, mas inesperado, que o atual Governo prefere manter políticas de “pão e circo” ao jeito do Fórum de São Paulo (ideologia vazia do Centro e Sul Americano), em vez de projetar ideias e políticas inovadoras, “fora da caixa” e que possam, verdadeiramente, gerar futuro a Portugal.

O futuro, hoje, só será possível com um Estado menor, menos gastador, mais eficiente, competente e profissional. Um Estado que não pode continuar a exigir tudo, mas que, depois, cada vez faz menos, pior e que não garante nem promove melhor qualidade de vida aos Portugueses. Um Estado que apenas se serve a si mesmo, olvidando os Portugueses e Portugal.

Ao invés das “esmolas” que o Governo sem pudor anuncia, as famílias e as empresas Nacionais precisam de:

1. Promover o Salário Digno Nacional, através da isenção do IRS para todos os trabalhadores com salários até 1500€;

2. Gerar a poupança no tecido empresarial Nacional, em especial nas micro, pequenas e médias empresas, através da suspensão e anulação imediata do pagamento por conta que esvazia a tesouraria das empresas sem qualquer justificação (serve para financiar o Estado a custo zero! sem razão atual, especialmente no âmbito da bazuca! e não faz sentido que o Estado continue a receber este avanço de possíveis lucros, instigando depois as empresas ao financiamento bancário com custos insuportáveis);

3. Promover a competitividade do tecido empresarial nacional com uma bonificação do IRC de 50% durante, pelo menos, os próximos 3 anos;

4. Promover a eficiência de recursos infraestruturais existentes, como o aeroporto de Beja que tem de ser bem gerido e usufruído, porque, hoje, Portugal é bastante mais que Lisboa e os tempos são de contenção; e

5. Voltar a criar as Reservas Estratégicas Alimentares e Energéticas cruciais ao futuro necessário.

Resumindo, medidas simples. No fundo, medidas que vão ao encontro da Estratégia Nacional que tanto precisamos e há tanto tempo almejamos.

Haja o mínimo de consciência cívica e de responsabilidade política para, de uma vez por todas, se começar a “fazer o que ainda não foi feito!”.

A nossa vida será diferente. Mas o futuro só dependerá de nós.

Especialista em Estratégia Nacional