Nasceu, na passada quinta-feira, o Partido Democrata Europeu (PDE), o novo partido eurofederalista situado no centro do espetro político, em Portugal. A apresentação decorreu na Fundação Cidade de Lisboa, na capital portuguesa, contando com a presença dos seus principais dirigentes, alguns deles dissidentes do Volt Portugal.
A escolha do dia 15 de setembro para esta apresentação não foi um acaso, pois celebrou-se, nessa data, o Dia Internacional da Democracia. À frente deste ‘nascimento’ esteve Tiago Matos Gomes, fundador e presidente do PDE, que considerou que, em Portugal, um país onde «ser moderado não está na moda». Matos Gomes deixou a presidência do Volt Portugal para fundar o PDE, um partido que se bate pelo eurofederalismo e pela luta ecologista. Para além do antigo jornalista, licenciado em Ciências da Comunicação, marcaram também presença no evento os vice-presidentes Tiago Batista Romão e Rebeca Steingräber Gradíssimo, bem como João Sousa, o líder da juventude partidária do PDE.
Esta nova estrutura política é criada em simultâneo com o European Star Party (ESP), o primeiro partido transeuropeu a nascer em Portugal, segundo o próprio PDE. Na Fundação Cidade de Lisboa marcou presença, por isso, Mykhaylo Shemliy, secretário-geral do ESP.
Por entre as críticas feitas pelos dirigentes deste recém-nascido partido estiveram os dedos apontados à estagnação económica que o país vive «desde 2000», bem como a «degradação» dos serviços públicos. A resposta para estas questões? Para o PDE, passa pelo federalismo europeu, o que não implica, necessariamente, uma uniformização do continente, até porque «isso seria um erro», admite o próprio Tiago Matos Gomes, garantindo que, no projeto europeu que defendem, «Portugal continuará a ser Portugal».
O agora presidente do PDE, que chegou a concorrer nas eleições legislativas de 2022 com as cores do Volt Portugal – acusando depois o partido de se posicionar «à esquerda do PS» – admitiu procurar, com este novo projeto, liderar um partido sem «dogmas ideológicos».
O próprio PDE apresenta-se, em comunicado, como um «partido político de centro, moderado e reformista», que «defende políticas que passam pelo apoio a um sistema de mercado livre, onde a iniciativa privada é devidamente incentivada».