O Sindicato dos jornalistas da Rússia, que declarou o seu apoio aos média considerados "agentes estrangeiros", tendo mesmo sido acusado de espalhar informações falsas sobre a invasão russa da Ucrânia, foi ilegalizado pelo Tribunal Urbano de Moscovo, a pedido da procuradoria de Moscovo.
De acordo com o diário Kommersant, a procuradoria justificou o pedido na sequência de uma auditoria, que detetou alegadas violações “graves e irreparáveis” cometidas pelo sindicato, como por exemplo os seus membros não terem efetuado cotizações desde 2019.
Outros dos argumentos utilizados foi a de que alguns dos membros da organização sindical compareceram perante os tribunais por motivos administrativos e após terem participado em manifestações ilegais, incluindo a convocada em apoio do jornalista russo Ivan Safronov, condenado a prisão por “alta traição”.
A estrutura também foi acusada de estar associada a uma recolha de fundos que visava apoiar orgãos de comunicação que são, aos olhos de Moscovo, "agentes estrangeiros” na Rússia, assim como à sistemática publicação de “informações não verídicas”.
Machim Krupski, advogado e apoiante do sindicato, afirmou que a solicitação da procuradoria é ilegal e injustificada, indo por isso recorrer da decisão.