A fatura vai aumentar 40%? É curioso


Há uma forma encriptada de falar na administração pública que deixa o comum cidadão um pouco (às vezes muito) baralhado, o que dá ideia que é para confundir. Esperemos que desta vez não seja. O dia começou ontem com a afirmação do presidente da Endesa de que a fatura da luz vai aumentar 40% em…


Há uma forma encriptada de falar na administração pública que deixa o comum cidadão um pouco (às vezes muito) baralhado, o que dá ideia que é para confundir. Esperemos que desta vez não seja.

O dia começou ontem com a afirmação do presidente da Endesa de que a fatura da luz vai aumentar 40% em agosto e as pessoas vão ter uma “desagradável surpresa”. Seja ou não parte de um braço de ferro com o Governo, seguiu-se o comunicado do Ministério do Ambiente, que falou de “declarações alarmistas”, a parte mais legível para quem não domine a formulação de preços de energia, e nove pontos explicativos, mais a falar para o setor (para o interlocutor, talvez) do que para os cidadãos, que devia ser sempre a preocupação.

Seria importante haver mais clareza e dizer para quem vai aumentar, quem não vai aumentar, como
vai ou não vai aumentar. Não deve ser muito difícil.

Não é caso único, com muitas vezes os esclarecimentos palavrosos – quando os há. Curiosamente, quando já está instalada a polémica, seja sábado ou domingo, há no entanto logo tomadas de posição.

Mas o que também é muito curioso, e não devo ser a única, é que estou a sempre a receber telefonemas destas empresas de energia ou de intermediários por si contratados – não sei como vão trocando os nossos números de telefone e porque voltam a ligar – mas nunca foi para fazer um alerta tão gravoso. Acho que a última vez até foi um contacto supostamente da Endesa.

 

PS: A nomeação por Fernando Medina, que até este domingo não respondeu às questões colocadas sobre a escolha de António Furtado para a Estamo, pode até ser legal – e mesmo assim não se conhece o despacho de nomeação ou se o processo passou pela CRESAP. E pode até ser uma escolha de alguém competente, de confiança, mas podia haver regras claras no Governo sobre como lidar com estas situações. Aparentemente, não há vontade sequer de as ver.

A fatura vai aumentar 40%? É curioso


Há uma forma encriptada de falar na administração pública que deixa o comum cidadão um pouco (às vezes muito) baralhado, o que dá ideia que é para confundir. Esperemos que desta vez não seja. O dia começou ontem com a afirmação do presidente da Endesa de que a fatura da luz vai aumentar 40% em…


Há uma forma encriptada de falar na administração pública que deixa o comum cidadão um pouco (às vezes muito) baralhado, o que dá ideia que é para confundir. Esperemos que desta vez não seja.

O dia começou ontem com a afirmação do presidente da Endesa de que a fatura da luz vai aumentar 40% em agosto e as pessoas vão ter uma “desagradável surpresa”. Seja ou não parte de um braço de ferro com o Governo, seguiu-se o comunicado do Ministério do Ambiente, que falou de “declarações alarmistas”, a parte mais legível para quem não domine a formulação de preços de energia, e nove pontos explicativos, mais a falar para o setor (para o interlocutor, talvez) do que para os cidadãos, que devia ser sempre a preocupação.

Seria importante haver mais clareza e dizer para quem vai aumentar, quem não vai aumentar, como
vai ou não vai aumentar. Não deve ser muito difícil.

Não é caso único, com muitas vezes os esclarecimentos palavrosos – quando os há. Curiosamente, quando já está instalada a polémica, seja sábado ou domingo, há no entanto logo tomadas de posição.

Mas o que também é muito curioso, e não devo ser a única, é que estou a sempre a receber telefonemas destas empresas de energia ou de intermediários por si contratados – não sei como vão trocando os nossos números de telefone e porque voltam a ligar – mas nunca foi para fazer um alerta tão gravoso. Acho que a última vez até foi um contacto supostamente da Endesa.

 

PS: A nomeação por Fernando Medina, que até este domingo não respondeu às questões colocadas sobre a escolha de António Furtado para a Estamo, pode até ser legal – e mesmo assim não se conhece o despacho de nomeação ou se o processo passou pela CRESAP. E pode até ser uma escolha de alguém competente, de confiança, mas podia haver regras claras no Governo sobre como lidar com estas situações. Aparentemente, não há vontade sequer de as ver.