Super Bock Super Rock. A eletricidade de A$AP Rocky e a magia dos palcos mais pequenos

Super Bock Super Rock. A eletricidade de A$AP Rocky e a magia dos palcos mais pequenos


O primeiro dia do festival foi marcado pela gigante produção do concerto de A$AP Rocky e por grandes surpresas nos palcos secundários do Super Bock Super Rock.  


O rapper A$AP Rocky ainda nem tinha subido ao palco e já era um dos maiores vencedores da primeira noite do festival Super Bock Super Rock, que aconteceu no Parque das Nações.

O músico nem tinha dado o seu ar de graça e já, entre os milhares de pessoas que se encontravam dentro da Altice Arena, era possível observar moche e sentir a eletricidade no ar para assistir ao artista de Nova Iorque

Rocky percebeu que tinha uma missão a cumprir e, apesar de um atraso (que este se desculpou, afirmando que se deveu a motivos de doença) tratou de entregar a sua energia ao público, incentivando o público a criar moches e a divertir-se ao máximo ao som de músicas como Praise The Lord.

Se no primeiro dia do festival A$AP foi o motivo que levou muitos festivaleiros a gastar dinheiro num bilhete, a magia não se esgotava neste palco. Apesar dos restantes palcos terem conseguido fracas audiências ao longo do dia, foram alvos de concertos memoráveis.

Ao mesmo tempo que o rapper ocupava o Altice, David & Miguel, dupla composta pelo produtor David Bruno e o rapper Mike El Nite, acompanhados ainda pelo guitarrista Marco Duarte e o DJ António Bandeiras, superaram todos os problemas técnicas que atormentaram o início do seu concerto e ofereceram à sua audiência fiel um espetáculo repleto de teatralidades a acompanhar as dramáticas músicas do seu disco de estreia, Palavras Cruzadas (2021). Os fãs que marcaram presença responderam da melhor maneira possível ao acompanhar as letras das canções e a entregarem-se às suas melodias sedutoras.

Antes deste concerto, uma das maiores surpresas da noite foi a performance de Sports Team. Apesar de no início do espetáculo parecerem apenas mais uma banda do Reino Unido que bebiam influências do novo movimento Post Brexit Punk, rapidamente  procuraram desmarcar-se de toda a “competição” com uma performance suada marcada pelo carismático vocalista, Alex Rice, que levou o seu microfone para o meio da audiência e fez grande parte do concerto a cantar entre os fãs.

A vociferar as músicas, a tirar fotos com os fãs, a aguentar os encontrões no moche e até com uma criança às cavalitas, Rice, com o seu ar de punk beto, fez questão de fazer com que este fosse um dos concertos mais memoráveis da noite. E, para quem esteve no Palco EDP, foi uma missão bem-sucedida.

Nesse mesmo palco, apesar de terem atoado para umas discretas dezenas, as Hinds, um nome conhecido do público português, mostraram uma clara evolução em cima de palco, com uma maior variedade sonora, influenciadas também por sons como o shoegaze e o grunge dos anos 1990, oferecendo um belo e sentido concerto a todos os seus fãs, assim como as Los Bitchos, que mostraram que o seu rock, tingido em tons de géneros como o surf e o garage, também pode beber da tradição, com ritmos tradicionais latinos, conseguidos através de instrumentos como o conga. Para além destes nomes, também Working Men’s Club estiveram a atuar.

Pelo Altice Arena, os Metronomy ofereceram uns bons passos de dança, enquanto o Flume encerrou a noite com uma pista repleta de música eletrónica.

No Palco LG, os Conjunto Cuca Monga encheram o palco de músicas divertidas e camaradagem, uma boa poção para começar o festival, enquanto os Jungle, que na semana passada estiveram no festival NOS Alive, fizeram um DJ Set que contou com inúmeros fãs.

O Super Bock Super Rock continua amanhã com artistas como C. Tangana, Nathy Peluso e Hot Chip.