Estudo português conclui que cerveja faz bem aos intestinos e não engorda

Estudo português conclui que cerveja faz bem aos intestinos e não engorda


Quem o diz são os investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS)


De acordo com um estudo desenvolvido, ao longo de quatro semanas, pelo Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e publicado no Journal of Agricultural and Fod Chemistry, "beber cerveja faz bem à microbiota intestinal" e, contrariamente àquilo que a maioria pensava, não engorda.

Em comunicado, os investigadores do CINTESIS do Porto, afirmam que os benefícios relativos à microbiota intestinal podem estar associados à prevenção de doenças crónicas como a obesidade, diabetes e cardiovasculares. O estudo foi esta segunda-feira 

Para participar na investigação, foram recrutados homens saudáveis, com idades compreendidas entre os 23 e os 58 anos, que, ao longo de quatro semanas, beberam diariamente 330 mililitros de cerveja, com ou sem álcool. Os resultados mostraram que o consumo da bebida que resulta da fermentação de cereais, "aumenta a diversidade da microbiota intestinal, sem aumentar o peso e a massa gorda".

Ao mesmo tempo, os investigadores concluíram que a ingestão desta bebida “não interfere significativamente em biomarcadores cardiometabólicos”, como a glicose, colesterol e triglicéridos.

“Curiosamente, a fosfatase alcalina, um importante biomarcador de danos no fígado, rins e ossos, diminuiu no decurso do ensaio”, sublinhou o Centro de Investigação, que acrescentou que o benefícios da cerveja na saúde intestinal “provou ser independente do teor alcoólico”.

Os investigadores acreditam que estes benefícios podem estar associados aos polifenóis presentes na bebida, à semelhança do que acontece com o vinho tinto.

Citados na mesma nota, os investigadores realçam que o estudo “vem demonstrar que este tipo de bebidas ricas em polifenóis, no caso a cerveja, é uma abordagem interessante para aumentar a diversidade da microbiota intestinal”.

O estudo, que foi liderado pelas investigadoras Ana Faria e Conceição Calhau, contou ainda com a participação de outros especialistas do CINTESIS.