Já não há paciência para os choradinhos de Guterres


Se a nível nacional tinha eleito a educação como paixão, sem resultados que se vissem, nas Nações Unidas assumiu a causa as alterações climáticas, como ficou bem claro numa capa da revista Time em que se fez fotografar, vestido de fato, com água pelos joelhos. 


Há casos assim. Pessoas que parece terem todas as qualidades: uma inteligência superior, cultura, mundo e até as mais altas virtudes morais, como a seriedade e a generosidade. Conseguem, à conta desses predicados, chegar aos mais altos cargos. Mas, uma vez aí instalados, falta-lhes algo para efetivamente fazerem a diferença.

António Guterres é um desses casos. Como primeiro-ministro não cumpriu as expectativas. Seguiu-se uma respeitável carreira internacional que culminou na ascensão a secretário-geral da ONU, um lugar onde nenhum português tinha chegado.

Se a nível nacional tinha eleito a educação como paixão, sem resultados que se vissem, nas Nações Unidas assumiu a causa as alterações climáticas, como ficou bem claro numa capa da revista Time em que se fez fotografar, vestido de fato, com água pelos joelhos. O título era “Our sinking planet”, qualquer coisa como “O planeta está a afundar-se”.

Essa tem sido uma pedra de toque do seu consulado, e ontem voltou ao assunto, a propósito da Conferência dos Oceanos: “Eu quero pedir desculpa, em nome da minha geração, à vossa geração, relativamente ao estado do oceano, ao estado da biodiversidade e ao estado das alterações climáticas”.

Perdoem-me se pareço insensível, mas já não há paciência para os choradinhos e arrependimentos de Guterres. Em vez destas lamúrias – e das conferências que custam fortunas e não levam a lado nenhum, já agora –, exigia-se uma ação resoluta, medidas concretas. Como primeiro-ministro, Guterres deixou o país num pântano; agora, como secretário-geral da ONU, não está a conseguir evitar que o planeta vá ao fundo.

Mais ou menos ao mesmo tempo que o antigo primeiro-ministro português discursava no encerramento do Fórum da Juventude e Inovação da Conferência dos Oceanos, a grande profeta do clima, Greta Thunberg, falava do palco de Glastonbury a jovens vindos de vários pontos da Europa. Aí está a nova geração em quem Guterres deposita grandes esperanças: a geração que combate as alterações climáticas bebendo cerveja a rodos, ouvindo as suas bandas favoritas e escolhendo os looks mais estilosos para usar no festival. É impressionante como se sacrificam pelo planeta!

Já não há paciência para os choradinhos de Guterres


Se a nível nacional tinha eleito a educação como paixão, sem resultados que se vissem, nas Nações Unidas assumiu a causa as alterações climáticas, como ficou bem claro numa capa da revista Time em que se fez fotografar, vestido de fato, com água pelos joelhos. 


Há casos assim. Pessoas que parece terem todas as qualidades: uma inteligência superior, cultura, mundo e até as mais altas virtudes morais, como a seriedade e a generosidade. Conseguem, à conta desses predicados, chegar aos mais altos cargos. Mas, uma vez aí instalados, falta-lhes algo para efetivamente fazerem a diferença.

António Guterres é um desses casos. Como primeiro-ministro não cumpriu as expectativas. Seguiu-se uma respeitável carreira internacional que culminou na ascensão a secretário-geral da ONU, um lugar onde nenhum português tinha chegado.

Se a nível nacional tinha eleito a educação como paixão, sem resultados que se vissem, nas Nações Unidas assumiu a causa as alterações climáticas, como ficou bem claro numa capa da revista Time em que se fez fotografar, vestido de fato, com água pelos joelhos. O título era “Our sinking planet”, qualquer coisa como “O planeta está a afundar-se”.

Essa tem sido uma pedra de toque do seu consulado, e ontem voltou ao assunto, a propósito da Conferência dos Oceanos: “Eu quero pedir desculpa, em nome da minha geração, à vossa geração, relativamente ao estado do oceano, ao estado da biodiversidade e ao estado das alterações climáticas”.

Perdoem-me se pareço insensível, mas já não há paciência para os choradinhos e arrependimentos de Guterres. Em vez destas lamúrias – e das conferências que custam fortunas e não levam a lado nenhum, já agora –, exigia-se uma ação resoluta, medidas concretas. Como primeiro-ministro, Guterres deixou o país num pântano; agora, como secretário-geral da ONU, não está a conseguir evitar que o planeta vá ao fundo.

Mais ou menos ao mesmo tempo que o antigo primeiro-ministro português discursava no encerramento do Fórum da Juventude e Inovação da Conferência dos Oceanos, a grande profeta do clima, Greta Thunberg, falava do palco de Glastonbury a jovens vindos de vários pontos da Europa. Aí está a nova geração em quem Guterres deposita grandes esperanças: a geração que combate as alterações climáticas bebendo cerveja a rodos, ouvindo as suas bandas favoritas e escolhendo os looks mais estilosos para usar no festival. É impressionante como se sacrificam pelo planeta!