A Ordem dos Advogados informou esta terça-feira que Luís Rufo entregou voluntariamente a cédula à ordem ontem ao final do dia. Uma investigação exclusiva do Nascer do SOL revelou que o advogado exercia há 30 anos em Braga tendo forjado o curso de Direito nos anos 90. O caso está na justiça, na sequência de uma participação feita na última sexta-feira ao Ministério Público pelo Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados. O bastonário anunciou, por seu turno, um processo de averiguações pelo Conselho Geral da Ordem, que o organismo do Norte considerou ontem desnecessárias.
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Em comunicado, a Ordem dos Advogados dá conta do último desenvolvimento no caso: acabou por ser o próprio advogado a requerer a sua suspensão e a entregar voluntariamente a sua cédula profissional.
"Frise-se que, com a entrega e respectiva suspensão da cédula profissional de advogado, o mesmo fica impedido de qualquer prática profissional até que todos os factos relatados pela comunicação social sejam investigados e comprovados junto das instâncias competentes."
No mesmo comunicado, o bastonário da OA, Luís Menezes Leitão, diz esperar que "assim esteja reposta a confiança que a cédula profissional de advogado, documento emitido pelo Conselho Geral da Ordem e assinado pelo seu Bastonário, deve merecer aos cidadãos e à sociedade em geral."
A Ordem dos Advogados classifica o caso como sendo de "extrema gravidade", reiterando que "tudo fará para que a legalidade seja reposta e, caso se comprove a desconformidade do título para o exercício das funções do advogado visado, irá tomar as competentes providências a nível criminal e disciplinar, no quadro das competências que o Estatuto da Ordem dos Advogados reserva ao Conselho Geral da Ordem".