O homem que tentou matar o antigo Presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, em 1981, para impressionar a atriz Jodie Foster, foi hoje libertado, seis anos depois de ter saído de um hospital psiquiátrico.
Um tribunal havia decidido recentemente que, após década de cuidados e monitorização psicológica, John Hinckley não representava mais uma ameaça à sociedade e que poderia ser libertado de qualquer revisão judicial em 15 de junho.
"Após 41 anos, dois meses e 15 dias, FINALMENTE LIBERDADE", escreveu no Twitter John Hinckley, que agora tem 67 anos e se dedicou à música.
Em 30 de março de 1981, John Hinckley disparou contra o ex-chefe de Estado norte-americano republicano quando saía de um hotel em Washington. Uma das balas fez ricochete na limusine presidencial blinda e atingiu Ronald Reagan no peito. Três pessoas ficaram feridas no ataque.
O então jovem, obcecado por Jodie Foster desde o lançamento do filme "Táxi Driver", declarou que queria impressionar a atriz. John Hinckley havia sido declarado criminalmente irresponsável pelos tribunais.
Após mais de 30 anos de internamento num hospital psiquiátrico, John Hinckley foi autorizado em 2016 a ir morar com a sua mãe, numa área residencial segura de Williamsburg, a 240 quilómetros a sul de Washington.
As regras do seu controlo judicial eram rígidas: em particular, o homem tinha que relatar qualquer movimento (com notas percorridas, horários e possíveis contratempos), fazer tratamento médico regularmente e manter um diário das suas atividades diárias.
John Hinckley também foi proibido de entrar em contacto com Jodie Foster e os seus familiares, os descendentes de Ronald Reagan, ou as pessoas mais próximas das outras vítimas.
De acordo com documentos judiciais, o seu estado mental agora é "estável".
"Se ele não tivesse tentado matar um presidente, ele teria recebido liberdade completa há muito, muito tempo", disse o juiz Paul Friedman em setembro.