Moreira da Silva volta a desafiar Montenegro para debate

Moreira da Silva volta a desafiar Montenegro para debate


O candidato à liderança social-democrata rejeitou estar em desvantagem na Madeira.


Numa visita ao Mercado dos Lavradores, no Funchal, no âmbito da campanha para as eleições internas do PSD, Jorge Moreira da Silva aproveitou o momento para voltar a desafiar Luís Montenegro a dizer se está disponível para um debate público.

“Não vale a pena dizer que não tem medo de debater com ninguém ou dizer que gosta muito de debates. Os estados de alma não são para aqui chamados. Em termos práticos, só é preciso saber se está disponível para debater comigo, como eu acho que é do interesse de todos os cidadãos”, argumentou o candidato à liderança do PSD, na quinta-feira, dia em que retomou a campanha presencial após ter testado positivo à covid-19.

“Se estiver disponível, como eu estou, seguramente encontrará espaço na sua agenda, porque faltam oito dias para o final desta campanha. Eu alterarei o que tiver de ser alterado para poder fazer os debates”, insistiu.

Na quarta-feira, o seu adversário na corrida à liderança social-democrata, Luís Montenegro, alegou nunca ter recusado participar em debates. “Se há característica que me podem imputar é que adoro debates”, afirmou.

Depois de reafirmar a sua disponibilidade “para qualquer debate”, Moreira da Silva salientou que gostava de “dizer diretamente” a Montenegro o que pensa das suas propostas, sobre as quais constatou “alguma superficialidade”. 

 O antigo ministro do Ambiente de Pedro Passos Coelho rejeitou estar em desvantagem na Madeira em relação ao adversário, que conta com o apoio do presidente do Governo regional, Miguel Albuquerque, defendendo que tem já “30 anos demonstrados de afinidade com a região”.

“Não, não me sinto em desvantagem porque verdadeiramente olho para os últimos 30 anos e os militantes, aqui, conhecem-me, sabem que eu não estou nesta campanha eleitoral a tentar reclamar uma vantagem ou afirmar uma afinidade com a região momentânea ou recente. São 30 anos”, frisou o social-democrata.

E atirou mais uma farpa a Montenegro: “Não apareci agora, de repente, a dizer coisas bonitas sobre a Madeira para poder mobilizar votos”, vincou, considerando que “durante os últimos 30 anos” tem “dado sinais concretos de um empenhamento no aprofundamento da autonomia regional”, desde os tempos em que era presidente da JSD, com um projeto para eliminar a figura de ministro da República, e enquanto ministro na proteção dos madeirenses dos “cortes ao financiamento que a troika queria impor”.