Os artigos de opinião sobre esta guerra na Rússia contra a  Ucrânia são constantes. Sem querer ser fastidioso e repetitivo, permitem tirar algumas ilações:

1–  0 regime russo de Putin acentua os seus rasgos totalitários e o seu isolamento internacional.

2 – A operação relâmpago da tomada da Ucrânia falhou.

3 – Putin não contava com a resistência épica ucraniana, nem contava com a solidariedade massiva da Europa.

4 – A UE assumiu pela primeira vez na sua história o envio de material de combate em auxílio do exército ucraniano.

5 – As sanções começam a ter efeito real na cotação do rublo e na economia russa. Para além disso, há a suspensão de trocas comerciais e o abandono da Rússia das maiores empresas internacionais.

6 – A desestabilização da economia mundial com aumentos de preços, já é sentida em Portugal.

7 – Esta guerra afecta os países ocidentais, mas também a Rússia de Putin está a ser vítima da sua própria guerra. Quem sabe se isso pode contribuir para uma inflexão nos seus propósitos?

8 – A congelação dos fundos e bens dos oligarcas começa a inquietar, outrora os protegidos de Putin. Deste modo, ficam em risco as suas fortunas no estrangeiro.

9 – A censura da imprensa com penas de prisão até 15 anos deixou a Rússia sem informação.

10 – Para gáudio de quem segue esta guerra, há emissões em directo, que qualquer telemóvel oferece em vídeo ou imagens. Viva a Internet e as redes sociais!

11 – Porém é Putin quem, ainda, tem o controlo desta guerra. Não respeita os corredores humanitários, ataca zonas civis, bairros, hospitais, inclusive a central nuclear de Zaporiyia.

12 – O meu receio é  a sua mente niilista, que prefira um suícido colectivo, em vez, de recuar e renunciar aos seus infundados propósitos bélicos.

13 – O Ocidente é muito culpado desta situação pela sua ingenuidade e complacência, foi mero observador, ao assistir na construção do  poder ilimitado de Putin que culminou nesta guerra.

14 – Porém, não há bela sem senão, esta guerra pode ser o erro que faça com que precipite na Rússia a alterar a sua correlação de forças a nível interno.