Eleições gerais na Nigéria marcadas para 25 fevereiro de 2023

Eleições gerais na Nigéria marcadas para 25 fevereiro de 2023


A nova lei permite a transmissão eletrónica de resultados, uma evolução que poderá melhorar a transparência e ajudar a prevenir acusações de fraude que frequentemente mancharam atos eleitorais no passado.


A comissão eleitoral da Nigéria fixou uma nova data para as eleições gerais de 2023, devido a um atraso na alteração de uma lei eleitoral, marcando-as para 25 de fevereiro de 2023.

 

A nova lei permite a transmissão eletrónica de resultados, uma evolução que poderá melhorar a transparência e ajudar a prevenir acusações de fraude que frequentemente mancharam atos eleitorais no passado.

O Presidente Muhammadu Buhari, que deixará o cargo no próximo ano após dois mandatos de quatro anos, assinou a lei eleitoral alterada na sexta-feira, mais de sete meses após ter sido aprovada pelo Senado.

As eleições presidenciais e parlamentares deveriam realizar-se em 18 de fevereiro de 2023.

A Comissão Nacional Eleitoral Independente (Ceni) deveria emitir uma notificação eleitoral 360 dias antes das eleições, mas não o pôde fazer antes da aprovação da nova lei eleitoral.

"Como resultado, as eleições presidenciais e da Assembleia Nacional decorrerão em 25 de fevereiro de 2023", disse o presidente da Ceni, Mahmood Yakubu.

"As eleições dos governadores e das assembleias de estado realizar-se-ão duas semanas mais tarde, em 11 de março de 2023", acrescentou.

O novo calendário eleitoral também afetará a campanha eleitoral, que pode começar 150 dias antes da votação e deve terminar 24 horas antes das urnas abrirem.

As negociações políticas para a nomeação de candidatos para as eleições presidenciais já começaram.

Ainda não surgiu qualquer candidato para substituir Muhammadu Buhari, mas o partido que governa, o All Progressive Congress (APC), já tem vários candidatos, incluindo o influente ex-governador de Lagos, Bola Tinubu.

A comissão eleitoral independente do país foi criticada após a reeleição do Presidente Buhari em 2019, com alguns a dizerem que o ato eleitoral não foi livre nem transparente.

As eleições na Nigéria têm sido repetidamente manchadas por suspeitas de fraude desde que o país mais populoso de África regressou ao governo civil em 1999, após décadas de ditadura militar.