Parceria Europa-África


O sucesso da parceria UE-UA é crucial para os dois continentes e também para a humanidade.


Decorre hoje e amanhã em Bruxelas a sexta cimeira União Europeia-União Africana, que esteve agendada para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, mas que a pandemia atirou para um momento em que, sob Presidência francesa, os sinais de uma crescente tensão global são cada vez mais fortes e em que intensas conversações diplomáticas procuram evitar o agravamento do conflito na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, num continente que no século passado foi o palco principal de duas sangrentas e destrutivas guerras mundiais.

Neste contexto geoestratégico, a cimeira Europa-África assume ainda uma importância maior. Sem perder o seu objetivo central, que é lançar uma parceria forte entre iguais, pragmática, multilateral, focada no crescimento económico e na sustentabilidade do planeta, a cimeira deve reforçar a voz dos dois continentes como promotores de uma paz global baseada na cooperação, no diálogo, na tolerância, nos valores do Estado de Direito e da proteção dos direitos humanos, na democracia, na liberdade e no respeito mútuo entre as grandes potências globais.       

Como presidente da Delegação à Assembleia Parlamentar Paritária África, Caraíbas e Pacífico/União Europeia coassinei uma carta do Parlamento Europeu dirigida aos chefes de Estado Europeus, assinada também pelos presidentes das Comissões dos Negócios Estrangeiros, Comércio Internacional, Desenvolvimento, das Sub-Comissões dos Direitos Humanos e da Segurança e Defesa e das Delegações para as relações com o Parlamento Pan-Africano e com a África do Sul,  apelando a que a União Europeia dê  prioridade a um incremento forte da sua cooperação com a União Africana e os parceiros sub-regionais e nacionais do Continente, para promover a segurança e o desenvolvimento de forma a assegurar uma paz e estabilidade estrutural e de longo prazo.

Promover a segurança, o desenvolvimento, a paz e a estabilidade em África e na Europa, através de uma cooperação de nova geração, que transforme a relação de dependência dador-beneficiário numa relação de interdependência e ganhadora entre iguais, gera também uma voz reforçada dos parceiros na defesa da paz e da estabilidade no mundo, contrapondo a crescente influencia das correntes protecionistas e autoritárias no xadrez geopolítico global, designadamente das estratégias de captura pela dependência financeira  ou pela dependência militar protagonizadas pela China e pela Rússia. 

Para por em prática uma parceria com resultados, o programa de investimento África-Europa, a que a UE alocou 150 mil milhões de euros direcionados à aposta nas energias renováveis, à redução do risco de catástrofes naturais, à transição digital, às vacinas e à educação e que é o ponto de partida do Global Gateway, que deverá mobilizar até 300 mil milhões de euros de fundos públicos e privados em projetos de infraestruturas em todo o mundo até 2027, é uma ferramenta fundamental ser possível passar mais depressa e de forma mais determinada das palavras à ação. O sucesso da parceria UE-UA é crucial para os dois continentes e também para a humanidade.

Parceria Europa-África


O sucesso da parceria UE-UA é crucial para os dois continentes e também para a humanidade.


Decorre hoje e amanhã em Bruxelas a sexta cimeira União Europeia-União Africana, que esteve agendada para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, mas que a pandemia atirou para um momento em que, sob Presidência francesa, os sinais de uma crescente tensão global são cada vez mais fortes e em que intensas conversações diplomáticas procuram evitar o agravamento do conflito na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, num continente que no século passado foi o palco principal de duas sangrentas e destrutivas guerras mundiais.

Neste contexto geoestratégico, a cimeira Europa-África assume ainda uma importância maior. Sem perder o seu objetivo central, que é lançar uma parceria forte entre iguais, pragmática, multilateral, focada no crescimento económico e na sustentabilidade do planeta, a cimeira deve reforçar a voz dos dois continentes como promotores de uma paz global baseada na cooperação, no diálogo, na tolerância, nos valores do Estado de Direito e da proteção dos direitos humanos, na democracia, na liberdade e no respeito mútuo entre as grandes potências globais.       

Como presidente da Delegação à Assembleia Parlamentar Paritária África, Caraíbas e Pacífico/União Europeia coassinei uma carta do Parlamento Europeu dirigida aos chefes de Estado Europeus, assinada também pelos presidentes das Comissões dos Negócios Estrangeiros, Comércio Internacional, Desenvolvimento, das Sub-Comissões dos Direitos Humanos e da Segurança e Defesa e das Delegações para as relações com o Parlamento Pan-Africano e com a África do Sul,  apelando a que a União Europeia dê  prioridade a um incremento forte da sua cooperação com a União Africana e os parceiros sub-regionais e nacionais do Continente, para promover a segurança e o desenvolvimento de forma a assegurar uma paz e estabilidade estrutural e de longo prazo.

Promover a segurança, o desenvolvimento, a paz e a estabilidade em África e na Europa, através de uma cooperação de nova geração, que transforme a relação de dependência dador-beneficiário numa relação de interdependência e ganhadora entre iguais, gera também uma voz reforçada dos parceiros na defesa da paz e da estabilidade no mundo, contrapondo a crescente influencia das correntes protecionistas e autoritárias no xadrez geopolítico global, designadamente das estratégias de captura pela dependência financeira  ou pela dependência militar protagonizadas pela China e pela Rússia. 

Para por em prática uma parceria com resultados, o programa de investimento África-Europa, a que a UE alocou 150 mil milhões de euros direcionados à aposta nas energias renováveis, à redução do risco de catástrofes naturais, à transição digital, às vacinas e à educação e que é o ponto de partida do Global Gateway, que deverá mobilizar até 300 mil milhões de euros de fundos públicos e privados em projetos de infraestruturas em todo o mundo até 2027, é uma ferramenta fundamental ser possível passar mais depressa e de forma mais determinada das palavras à ação. O sucesso da parceria UE-UA é crucial para os dois continentes e também para a humanidade.