Presidente da República recebeu na manhã de segunda-feira a seleção de futsal

Presidente da República recebeu na manhã de segunda-feira a seleção de futsal


Marcelo Rebelo de Sousa considerou que fomos “muito portugueses” porque “lutámos, soubemos esperar, não perdemos a cabeça, mantivemos a motivação, sustentámos a garra e ganhámos”. 


O Presidente da República recebeu, na manhã desta segunda, no Palácio de Belém, a seleção nacional de futsal, que se sangrou bicampeã europeia na tarde de ontem, 6 de fevereiro. 

Marcelo Revelo de Sousa afirmou que acreditou sempre que Portugal viraria o jogo, uma vez que começou a perder, que "fomos muito portugueses" porque "lutámos, soubemos esperar, não perdemos a cabeça, mantivemos a motivação, sustentámos a garra e ganhámos". 

O presidente começou por se dirigir "ao senhor ministro [da Educação, Tiago Brandão Rodrigues], que tem sido muito importante nesta cavalgada no domínio do desporto, e concretamente no futebol. Eu sei que continua cada vez mais entusiasta no mais pequeno pormenor, até na candidatura conjunta com Espanha no Mundial2030". 

De seguida, focou-se no "presidente [da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)] Fernando Gomes que tem feito a diferença".

"Em 98 anos de FPF, nós tínhamos conquistado 15 títulos europeus em Mundiais. Em 10 anos, isto é durante os seus mandatos, conquistamos 15 títulos europeus em Mundiais. Quer dizer, nos seus mandatos conquistamos tantos títulos quanto em toda a restante história do futebol português. Quer dizer que fez a diferença, porque criou um espírito de família, porque preparou e soube organizar as estruturas, soube escolher as pessoas certas e não largou um minuto sem os apoiar", apontou o chefe de Estado, acrescentando que "continuamos a acreditar que até 2024 nos vai trazer mais títulos". 

"A terceira palavra é para Jorge Braz [selecionador]. Eu bem o procurava mas ele não atendia o telefone, mas depois retribuiu a chamada entre a meia final e a final e, de facto, é uma pessoa muito especial. Mistura aquele ar de senador, tímido, parece distante, ausente, mas não perde um pormenor do que se passa. Sabe formar um espírito de equipa", continuou. 

"Teve a ajuda e persistência de Fernando Gomes porque, de 2011 a 2018, fomos ganhando aos poucos embalagem, mas não chegavam os títulos. E podia haver a tentação do presidente dizer a João Braz 'você é ótimo, mas já lá vão uns anos, vamos experimentar outro'. Fernando Gomes soube esperar, soube acreditar. Percebeu que estava a ser feito um trabalho e que estava a dar frutos. E isto não é muito português. Em Portugal ao primeiro desaire, a primeira ideia é apanhar tudo o que se pode", sublinhou realçando a importância do trabalho em conjunto

"Persistiu-se, insistiu-se e valeu a pena", indicou o presidente acrescentando que estes títulos foram fruto de um trabalho de preparação. 

Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda que "um europeu, um mundial e um europeu não caem do céu" e que "são fruto deste trabalho". "Mas só isso não chega. A preparação é muito importante, mas depois chega aquele momento decisivo no qual se ganha ou se perde. Aí fomos muito portugueses", continua afirmando que ser 'muito português' é "ser heroico nos momentos cruciais".

"Podemos estar a perder, mas damos a volta. Na meia final e na final eu tinha a certeza que iríamos virar o jogo. Porquê? Porque Jorge Braz e porque vocês Campeões em 2018 e em 2021 iam virar os jogos, serenamente e calmamente (…) Aquele golo no penúltimo segundo, tenho de admitir que é uma espécie de brinde adicional depois de uma grande exibição", sublinhou.

O presidente considerou a vitória "um grande estímulo", fazendo um paralelismo com a questão dos fundos europeus que o país vai receber.  "É um estímulo para o país. Temos muitos fundos europeus, é verdade. É fundamental que sejam bem utilizados, com tempo, rigor, eficácia e profissionalismo", disse ainda apontando que é uma "boa inspiração" para o que estamos atualmente a viver com os fundos europeus. 

"O futsal pode ser inspirador para todo o país. Por isso, eu disse logo ao Jorge Braz: Têm de vir cá enquanto estão frescos. Desembarcam e seguem para Belém", explicou indicando que este é o "nosso abraço", de todos os portugueses.