A Finlândia contou este domingo com eleições municipais para eleger os delegados para 21 novos conselhos distritais, que decidirão sobre serviços sociais, de saúde e de resgate nos próximos quatro anos. com uma vertente nunca antes vista: ao ar livre. Isto porque a Finlândia vê-se a braços com aumento de casos covid-19. E aqueles que estavam em isolamento ou em grupos de alto risco puderam escolher entre votar ao ar livre ou de carro.
Segundo a imprensa local, o maior desafio em termos de implementação prática foram os isolamentos tanto para eleitores como para funcionários eleitorais, numa altura em que há milhares de pessoas isoladas na Finlândia. No entanto, esta foi a opção tomada uma vez que o país decidiu que mesmo os que estão isolados têm direito ao voto, disse Arto Jääskeläinen , Diretor da Administração Eleitoral do Ministério da Justiça. E garantiu: “Para eles, a votação será organizada para que possam votar fora do local de votação”, disse.
Uma pesquisa pelos sites noticiosos finlandeses permite perceber que não terão existido problemas com esta votação ao ar livre e que tudo terá corrido de forma organizada e segura.
Por cá, o assunto já está mais ou menos esclarecido. Os eleitores que estejam em isolamento devido à Covid-19, infetados ou como casos de contacto, podem votar nas legislativas que acontecem já no próximo domingo. No entanto, a votação deverá acontecer preferencialmente entre as 18h e as 19h e deverão seguir as regras sanitárias.
Se resultará ou não, não se sabe. O presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) já veio dizer que está convencido de que “há muita gente que não vai respeitar o horário”.
E mesmo que Portugal quisesse votar ao ar livre, tal não seria possível: O “quadro legal” vigente não permite a implementação da modalidade do voto ao ar livre nas próximas eleições legislativas, confirmou ao Nascer do SOL fonte da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Recorde-se que, ao i, Filipe Froes, coordenador do gabinete de crise da covid-19 da Ordem dos Médicos, considerou que a solução encontrada na Finlândia poderia ter sido equacionada em Portugal se tivesse havido mais planeamento e antecipação do ato eleitoral.