Administração marca reunião com os doze chefes da equipa das urgência do hospital de Beja que se demitiram

Administração marca reunião com os doze chefes da equipa das urgência do hospital de Beja que se demitiram


A alegada falta de condições para tratar dos doentes e a sobrecarga de trabalho levaram doze chefes de equipa das urgências do hospital de Beja a apresentar a demissão esta terça-feira.


A administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) vai reunir, na quarta-feira, com os doze chefes da equipa das urgências do hospital de Beja que apresentaram demissão, esta terça-feira, devido à falta de condições para tratar pacientes naquela unidade hospitalar. 

O conselho de administração da ULSBA, que gere o hospital, refere em comunicado, cita a Lusa, que "tomou conhecimento pela comunicação social" dos pedidos de demissão dos cargos e de reunião por parte dos 12 chefes de equipa de Medicina Interna do Serviço de Urgência (SU).

"Face ao sucedido, e após conversa com a Direção do Serviço de Medicina e com os coordenadores" do SU, o conselho de administração da ULSBA decidiu convocar uma reunião para amanhã, às 09h30, "com os médicos signatários ou representantes".

A alegada falta de condições para tratar dos doentes e a sobrecarga de trabalho levaram doze chefes de equipa das urgências do hospital de Beja a apresentar a demissão.

Segundo a Lusa, que cita o pedido de demissão dos 12 chefes de equipa de Medicina Interna, em causa está o facto de as “condições atuais” não permitirem “assegurar cuidados aos doentes com a qualidade e segurança devidas” no Serviço de Urgência do hospital de Beja. 

Assim, foi apresentada a demissão dos cargos “até que seja feita uma reavaliação da situação”, com “resolução da carência de recursos humanos médicos e reapreciação das competências dos chefes de equipa”.

Os especialistas destacam ainda que a decisão foi tomada “em virtude de uma situação 'arrastada' de declínio das condições de trabalho e de organização” das urgências. Uma situação, dizem, para a qual foi pedida a atenção do conselho de administração da ULSBA “por inúmeras vezes, sem qualquer resposta efetiva”.

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