Líder comunista assume risco da cirurgia mas diz que “era impossível aguentar até ao fim da campanha eleitoral”

Líder comunista assume risco da cirurgia mas diz que “era impossível aguentar até ao fim da campanha eleitoral”


Jerónimo de Sousa vai ser internado amanhã para uma cirurgia de emergência na quinta-feira.


Jerónimo de Sousa, que amanhã será internado para realizar na quinta-feira uma cirurgia de emergência, vai ficar afastado durante dez dias da campanha eleitoral, sendo que vai ser substituído por João Ferreira e João Oliveira.

O líder do PCP revelou esta terça-feira que soube da condição depois de realizar exames de rotina, esclarecendo que se verificou "um problema em relação às carótidas, estas veias que alimentam o sangue do cérebro", e que estas "precisam de uma limpeza".

Relativamente aos riscos, Jerónimo de Sousa adiantou que "tem um risco relativo, mas é sempre um risco qualquer operação cirúrgica".

"Era impossível aguentar até ao fim da campanha eleitoral", admitiu, acrescentando: "Aqui estou. Pronto para travar o combate. Naturalmente com esta dificuldade, mas penso que, com arte e sorte do cirurgião, que é possível que daqui a uma semana, ou um bocadinho mais para a frente, esteja outra vez na estrada". 

Durante a tarde, o comunista abordou vários problemas dos trabalhadores da administração pública, como a não paralisação das carreiras, estagnação salarial e perda do poder de compra.

Relativamente aos profissionais de saúde, Jerónimo afirmou que “é fundamental para o país a valorização dos serviços públicos e dessa valorização depende o respeito e o reconhecimento dos seus trabalhadores, das suas carreiras, dos seus salários, das suas condições de trabalho. Esta é uma luta que é preciso também continuar e que vale a pena”.